domingo, 5 de fevereiro de 2023

Não Fazemos Carreto




Agosto de 2006. Eu estava tentando passar minhas disciplinas para o período noturno visando arrumar algum emprego durante o dia. Eram cerca de 13h e o "leilão para vagas remanescentes" só aconteceria por volta das 19h. Eu precisava matar o tempo até a hora do "pregão".

Eu encontrei alguns amigos do time de vôlei da Farmácia e um deles estava de mudança. Como eu precisava fazer hora até às 19h, eu me ofereci para ajudar. E assim fomos até o bairro da Vila Indiana, o mesmo do Dueto, onde ficava a kitnet do meu colega.

Eu e meu amigo precisávamos transportar uma mesa da kitnet até o apartamento onde ele e alguns companheiros de time estavam montando uma república. Como o prédio não era muito longe de onde estávamos, dispensamos o carreto e transportamos o móvel no braço pelas ruas da Vila Indiana!

O bairro é bastante acidentado e composto por muitos quarteirões irregulares. Quem não conhece o local, se perde fácil por lá. Não havia Waze ou Google Maps na época e GPS era um luxo para poucos. Eu não fazia a menor ideia para onde eu estava indo, apenas estava ajudando a carregar a mesa e seguindo as orientações do meu amigo. Não obstante, estava um sol muito forte naquele dia (era inverno!) e as subidas tornavam o trabalho ainda mais árduo.






Chegamos ao prédio cerca de uma hora depois. Colocamos a mesa no elevador com ajuda de mais duas pessoas. O transporte, porém, acabou travando e eu deduzi que era por "excesso de peso". Quando falei isso, todos ficaram olhando desconfiados pro passageiro mais gordinho!

Terminamos o transporte da mesa sem grandes problemas e fui convidado a conhecer o apartamento onde seria montada a república. Também fui apresentado ao demais integrantes do time de vôlei masculino da Farmácia.

Passei a tarde no prédio e voltamos para a faculdade por volta das 17h -e, mais uma vez, não lembro o caminho que fiz. Jantei no restaurante universitário (o chamado "bandejão") e fui para o "leilão" das vagas remanescentes.

Não consegui, no fim das contas, a desejada transferência para o período noturno mas acabou não sendo necessário visto que desisti de procurar emprego e optei pela carreira acadêmica. Ademais, a maioria dos professores era flexível e permitia que assistíssemos as aulas em qualquer um dos turnos sem problemas.

O dia acabou com um clichê típico de animes: não consegui o objetivo mas fiz alguns novos amigos na "aventura" pela Vila Indiana. Uma pena que os celulares não possuíam câmera na época. Se eu pudesse, teria filmado a "jornada" e feito um stories bem-humorado sobre os "dois malucos que saíram carregando uma mesa pelo bairro"!







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