segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Chegou a Hora da Separação?

Imagem extraída de www.facebook.com/leomessi/



Que Lionel Messi é um dos maiores e melhores jogadores da história do futebol, poucos contestam. O argentino formado e profissionalizado pelo Barcelona já ganhou praticamente todos os títulos e prêmios possíveis pelo seu clube, incluindo quatro Champions Leagues e seis Bolas de Ouro.

O desempenho do atacante por sua seleção, contudo, é pífio. Messi nunca conseguiu jogar pela Argentina o que ele demonstra no Barcelona, salvo em uns poucos jogos em que ele decidiu. E o jogador jamais conseguiu conquistar um título pela seleção principal de seu país, apenas troféus nas categorias de base ou pelo selecionado olímpico.

O torcedor argentino, inclusive, chegou a se impacientar com seu principal jogador em algumas oportunidades. O próprio Messi também se fartou de seu próprio desempenho com a camisa albiceleste e cogitou se aposentar de sua seleção em duas oportunidades, após o vice da Copa de 2014 e após o vice da Copa América Centenário, disputada em 2016.

O jogador, porém, acabou voltando atrás em sua decisão após muitos apelos e também por orgulho pessoal, decidido a conquistar pelo menos um troféu pela seleção argentina antes de se aposentar.



Imagem extraída de www.facebook.com/fifaworldcup



Messi, porém, terá um adversário implacável neste ciclo: o tempo. O argentino, que hoje está no auge de sua forma física aos 32 anos, estará com 35 em 2022. Não é impossível que ele continue jogando em alto nível com essa idade, visto os casos de Miroslav Klose e Zlatan Ibrahimović que ainda apresentaram bons desempenhos mesmo atuando com idades muito superiores a 30 anos. O alemão e o sueco, porém, foram duas exceções e não regras. O argentino, vale lembrar, vem sofrendo lesões com mais frequência nos últimos anos, indicando que o momento de parar pode estar se aproximando.

O drama de Messi e sua geração pode ser comparado ao de nossa Seleção nos anos 80, quando contávamos com muitos craques (Zico, Sócrates, Falcão, ...) mas que não conseguiram conquistar uma copa do mundo a despeito de todo talento individual que possuíamos. Messi, Agüero, Di María e afins parecem seguir o mesmo caminho, encantando nos gramados mas decepcionando na hora de decidir.

É sempre difícil abrir mão de um craque como Messi, mas a Argentina não pode ficar aos pés de seu principal jogador. Independente do atacante conquistar ou não um título, ele terá de parar algum dia, assim como um dia pararam Pelé, Beckenbauer, Baresi, Maradona e Zidane. Ademais, a albiceleste vem revelando muitos talentos nos últimos anos, como Dybala, Icardi, Lautaro Martínez e outros. Talvez seja o momento da geração de Messi passar o bastão, mesmo que de maneira gradual, à geração seguinte.

Independente dos rumos que a seleção argentina tomará neste ciclo, Messi continua fazendo sua parte no Barcelona, segue desfilando seu talento e quebrando recordes atrás de recordes.

Sua luta contra o tempo e contra o jejum de troféus de sua seleção segue, mas o camisa 10 vai se superando e demonstrando que, mesmo quando chegar aos 35 anos, ele ainda terá condições de decidir e tirar a Argentina da fila.

Discreto nas entrevistas e em sua vida pessoal, Messi responde aos críticos com ações em campo e não com palavras. E ele vai demonstrando que, mesmo com a idade se aproximando, ele ainda pode ser decisivo.

Resta saber quem vencerá esta batalha em 2022, o jogador ou o tempo.



Imagem extraída de www.facebook.com/leomessi/




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