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| Imagem extraída de www.facebook.com/RealMadrid/ |
Quem conhece Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, sabe que o mandatário não deseja apenas títulos. Ele quer uma equipe midiática, cheia de estrelas e com potencial para ganhar a Bola de Ouro. Se as contratações atingirem o arqui-rival Barcelona, melhor ainda. Foi dessa forma que ele montou a equipe dos "galácticos" entre 1998 e 2006 que contava com dois ex-barcelonistas, Figo e Ronaldo.
Florentino deixou a presidência do Real em 2006 após um jejum de quatro temporadas sem títulos relevantes, e retornou em 2009 com a mesma filosofia de montar equipes estreladas.
O mandatário, porém, não parece ter aprendido com os problemas ocorridos durante sua primeira gestão e continua buscando contratações cada vez mais impactantes a casa janela de transferência. Porém, a equipe atual conta com uma testemunha ocular daqueles lamentáveis episódios: o treinador Zinedine Zidane.
Zidane, que foi jogador do Real entre 2001 e 2006, viu a apogeu e o declínio da primeira geração de "galácticos". O francês ajudou os Blancos a conquistarem sua última Champions antes do clube passar pelo jejum de títulos, e também dividiu o vestiário com os personagens da crise que assolou a equipe.
Zizou sabe como poucos os problemas de um elenco rachado e dominado por egos inflados. O francês foi um dos poucos que não teve o nome mencionado nas constantes brigas entre "galácticos" e espanhóis no vestiário do Real, mas sabe que a equipe poderia ter ido muito mais longe se não fossem as intrigas.
Zidane utilizou toda a experiência que adquiriu em seus tempos de jogador para melhorar o ambiente no Real. Ele conseguiu recuperar jogadores que estavam em baixa (Ronaldo e Benzema), melhorou o clima no vestiário e encontrou em campo o equilíbrio perfeito entre ataque e defesa ao utilizar o 4-4-2 "losango", muito utilizado pelos seus mentores italianos.
O treinador, porém, não conseguiu domar o apetite midiático de seu presidente. Não foram raros os confrontos entre Zidane e Pérez na montagem do elenco. No mais intenso deles, em 2018, o mandatário queria de qualquer forma dispensar Ronaldo (que vivia um jejum de gols) e contratar Neymar, enquanto Zizou defendia a manutenção do elenco. Tanto o português quanto o francês deram a volta por cima na segunda metade da temporada, mas ambos deixaram o clube após a conquista da Champions por causa dos desentendimentos com o dirigente.
O francês, apesar disso, aceitou o desafio de voltar ao Real na atual temporada para tirar o clube da crise mas as interferências de Pérez na montagem do elenco continuam.
Florentino Pérez deveria dar mais ouvidos ao seu treinador. Zidane conhece os problemas de um elenco com muitos egos e parece ter adquirido pulso para lidar com tal adversidade. Em duas oportunidades, o treinador conseguiu recuperar elencos que pareciam fadados ao fracasso, além de ter controlado a insatisfação dos atletas que estavam sem espaço -vale lembrar que Gareth Bale, mesmo incomodado com a reserva, foi o grande nome daquela final em 2017-18 ao anotar dois golaços contra o Liverpool.
Não há dúvidas que a experiência em campo e a identificação com o Real fizeram de Zidane um dos melhores treinadores da história do clube. Mas, acima de tudo, a maneira como Zidane lidou com o vestiário rachado em seus tempos de jogador lhe deram conhecimento suficiente para lidar com os egos das estrelas que comanda nos dias de hoje.
O Zidane sabe das coisas, Florentino. Confie nele.
Florentino deixou a presidência do Real em 2006 após um jejum de quatro temporadas sem títulos relevantes, e retornou em 2009 com a mesma filosofia de montar equipes estreladas.
O mandatário, porém, não parece ter aprendido com os problemas ocorridos durante sua primeira gestão e continua buscando contratações cada vez mais impactantes a casa janela de transferência. Porém, a equipe atual conta com uma testemunha ocular daqueles lamentáveis episódios: o treinador Zinedine Zidane.
Zidane, que foi jogador do Real entre 2001 e 2006, viu a apogeu e o declínio da primeira geração de "galácticos". O francês ajudou os Blancos a conquistarem sua última Champions antes do clube passar pelo jejum de títulos, e também dividiu o vestiário com os personagens da crise que assolou a equipe.
Zizou sabe como poucos os problemas de um elenco rachado e dominado por egos inflados. O francês foi um dos poucos que não teve o nome mencionado nas constantes brigas entre "galácticos" e espanhóis no vestiário do Real, mas sabe que a equipe poderia ter ido muito mais longe se não fossem as intrigas.
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Zidane utilizou toda a experiência que adquiriu em seus tempos de jogador para melhorar o ambiente no Real. Ele conseguiu recuperar jogadores que estavam em baixa (Ronaldo e Benzema), melhorou o clima no vestiário e encontrou em campo o equilíbrio perfeito entre ataque e defesa ao utilizar o 4-4-2 "losango", muito utilizado pelos seus mentores italianos.
O treinador, porém, não conseguiu domar o apetite midiático de seu presidente. Não foram raros os confrontos entre Zidane e Pérez na montagem do elenco. No mais intenso deles, em 2018, o mandatário queria de qualquer forma dispensar Ronaldo (que vivia um jejum de gols) e contratar Neymar, enquanto Zizou defendia a manutenção do elenco. Tanto o português quanto o francês deram a volta por cima na segunda metade da temporada, mas ambos deixaram o clube após a conquista da Champions por causa dos desentendimentos com o dirigente.
O francês, apesar disso, aceitou o desafio de voltar ao Real na atual temporada para tirar o clube da crise mas as interferências de Pérez na montagem do elenco continuam.
Florentino Pérez deveria dar mais ouvidos ao seu treinador. Zidane conhece os problemas de um elenco com muitos egos e parece ter adquirido pulso para lidar com tal adversidade. Em duas oportunidades, o treinador conseguiu recuperar elencos que pareciam fadados ao fracasso, além de ter controlado a insatisfação dos atletas que estavam sem espaço -vale lembrar que Gareth Bale, mesmo incomodado com a reserva, foi o grande nome daquela final em 2017-18 ao anotar dois golaços contra o Liverpool.
Não há dúvidas que a experiência em campo e a identificação com o Real fizeram de Zidane um dos melhores treinadores da história do clube. Mas, acima de tudo, a maneira como Zidane lidou com o vestiário rachado em seus tempos de jogador lhe deram conhecimento suficiente para lidar com os egos das estrelas que comanda nos dias de hoje.
O Zidane sabe das coisas, Florentino. Confie nele.
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