![]() |
Modrić recebe camisa comemorativa do treinador Zlatko Dalić e do dirigente Davor Šuker (imagem extraída de www.facebook.com/cff.hns) |
Eu tive o prazer em ver Davor Šuker jogar. Lembro quando a Croácia disputava a sua primeira copa como nação independente. A equipe chegou a um surpreendente terceiro lugar naquela competição -caiu para a França de Zidane nas semifinais e superou a Holanda de Bergkamp na disputa pelo bronze. Šuker foi o grande destaque da Hrvatska durante a ocasião: ele já estava motivado após ganhar a Champions League daquele ano com o Real Madrid e foi o artilheiro do mundial com seis gols. O atacante, em virtude de seus feitos, é considerado o maior futebolista da história de seu país, mas ele foi superado por Luka Modrić em minha opinião.
Modrić, após a vitória sobre o Chipre no último sábado, atingiu a marca de 135 partidas disputadas pela sua seleção, superando Darijo Srna. O feito rendeu ao armador uma grande festa com direito a bolo, camisa comemorativa e a presença de Davor Šuker, que hoje é o presidente da federação de futebol de seu país. Os feitos do meio-campista pelo futebol de seu país, contudo, foram muito maiores.
O camisa 10 já conquistou muitos títulos pelo Dinamo Zagreb e pelo Real Madrid, incluindo quatro Champions League pelos Merengues. Modrić também levou sua seleção à final de Copa do Mundo de 2018 e foi eleito o melhor jogador da competição. Nenhum outro jogador do país conseguiu tais feitos, nem mesmo Šuker que ergueu uma "Orelhuda" (coincidentemente também pelo Real) e foi terceiro lugar em um mundial.
![]() |
Imagem extraída de www.facebook.com/cff.hns |
Títulos, obviamente, não podem ser a única justificativa para alçar Modrić à condição de maior jogador da história de seu país. É preciso destacar também a sua relevância no esporte e o impacto cultural gerado pelo jogador.
O meia também preenche tais condições tranquilamente. Modrić, mesmo aos 35 anos (fará 36 no dia 9 de setembro), ainda é considerado fundamental no Real Madrid juntamente com o alemão Toni Kroos. Não há mais o vigor físico de sete anos atrás quando o croata faturou sua primeira Champions, mas a leitura de jogo, a precisão dos passes e a liderança no meio-de-campo continuam os mesmos. E o croata ainda declarou que pretende encerrar a carreira defendendo os Merengues.
Modrić também recebeu dezenas de prêmios individuais em seu país natal, o que reforça a ainda mais importância do jogador para o esporte croata e também para a representatividade de sua nação. Isso sem mencionar que o atleta já representou sua pátria em três copas do mundo (2006, 2014 e 2018) e três Eurocopas (2008, 2012 e 2016). E ele é o capitão desde 2016 após a aposentadoria de Darijo Srna.
É discutível se Luka Modrić já superou Davor Šuker como maior futebolista da história da Croácia, mas o meio-campista, tanto pelo seu currículo quanto pelos seus feitos, já deu mostras de que está pronto para superar o artilheiro da Copa de 1998.
Nenhum comentário:
Postar um comentário