Kvaratskhelia vêm brilhando no Napoli. Conseguirá fazer o mesmo na seleção de seu país (imagem extraída de www.facebook.com/SSCNapoli)? |
Escrevi ontem um texto onde mostrava algumas seleções que possuíam um único craque à disposição, à exceção da Noruega onde havia dois jogadores acima da média. Apresentei casos onde atletas não conseguiram carregar o piano por mais excepcionais que fossem.
Khvicha Kvaratskhelia, atacante que está brilhando no Napoli, deve ser uma estrela solitária na seleção da Geórgia. O país do Leste Europeu possui pouquíssima tradição no futebol e jamais se classificou para uma Eurocopa ou Copa do Mundo. A menos que a nação revele mais algum jogador excepcional, o camisa 77 deverá carregar o piano sozinho.
O torcedor georgiano, porém, pode se apegar a alguns casos onde um único craque conseguiu, sim, carregar toda uma seleção até alguma competição mais importante. Ainda que o futebol seja um jogo coletivo, individualidades podem fazer toda a diferença em campo.
Apresentamos aqui cinco casos onde um único atleta conseguiu fazer a diferença em campo e levar sua seleção a alguma competição importante. Quem sabe Kvaratskhelia e seu torcedor se inspirem nestes jogadores e alimentem esperanças para fazer história no futebol assim como estes esportistas fizeram.
GARETH BALE (País de Gales)
Bale classificou Gales à primeira Eurocopa de sua história, além de levar seu país de volta à Copa do Mundo após 64 anos de ausência (imagem extraída de www.facebook.com/Bale). |
Confesso que achei um exagero quando o Real Madrid pagou 100 milhões de Euros para tirar Gareth Bale do Tottenham em 2013 -a maior quantia paga por um jogador até então- mas todos os feitos do galês justificaram plenamente o investimento.
Bale venceu cinco vezes a Champions Legue pelo Real Madrid o que já seria suficiente para considerá-lo excepcional. O meia-atacante, porém, faria muito mais ao classificar a sua seleção para a primeira Eurocopa de sua história, a de 2016. E ele ainda levaria o País de Gales a uma improvável semifinal durante aquela edição -os Dreigiau caíram diante dos campeões portugueses.
O jogador, mesmo longe dos seus melhores dias, ajudou o seu país a voltar a uma Copa do Mundo após 64 anos de ausência e ainda classificou Gales para a segunda Eurocopa de sua história, a de 2020. Com todos esses feitos, os 100 milhões que o Real Madrid pagou em 2013 hoje parecem uma pechincha.
DWIGHT YORKE (Trinidad e Tobago)
Yorke classificou Trinidad e Tobago para a única Copa do Mundo de sua história (imagem extraída de www.facebook.com/manchesterunited). |
O atacante Dwight Yorke já havia entrado para a história do futebol em 1999 quando ajudou o Manchester United a faturar sua primeira -e, por enquanto, única- tríplice coroa. O trinitário, porém, faria a diferença novamente em 2005 ao classificar sua seleção para a primeira Copa do Mundo de sua história.
Os trinitários, infelizmente, não duraram muito naquele mundial -foram os lanternas do Grupo B com apenas um ponto marcado e sem anotarem nenhum gol. Isto, porém, não diminui em nada o feito histórico de Yorke e de seus companheiros.
EMMANUEL ADEBAYOR (Togo)
Adebayor levou o seu país à primeira e, por enquanto, única participação em Copas do Mundo de sua história (imagem extraída de www.facebook.com/profile.php?id=100044399767193). |
2006 foi o ano das estreias em Copas do Mundo. A seleção do Togo participou pela primeira vez da competição muito graças ao atacante Emmanuel Adebayor, seguramente o maior jogador da história do país. O africano, ironicamente, conquistou poucos títulos ao longo de sua carreira a despeito de sua fama.
O Togo, assim como Trinidad e Tobago, não durou muito naquela Copa do Mundo -os Gaviões foram lanternas do Grupo G, com três derrotas e apenas um gol pró. Isto, porém, em nada diminui o feito de Adebayor e de seus companheiros.
ANDRIY SHEVCHENKO (Ucrânia)
Sheva não apenas levou à Ucrânia à Copa do Mundo como também alcançou as quartas- de-final da competição (imagem extraída de www.facebook.com/shevaofficial). |
Mais uma estreia na Copa de 2006. Todos sabem que Shevchenko era um jogador excepcional. O ucraniano empilhou diversas conquistas individuais e coletivas, incluindo a Champions League em 2003 pelo Milan e a Bola de Ouro em 2004. Tanto que ele continua sendo reverenciado mesmo após sua aposentadoria.
O atacante ainda conseguiria levar o seu país a uma Copa do Mundo -a primeira e única participação desde a separação da União Soviética- no ano de 2006. Não obstante, Sheva conseguiria alcançar as quartas-de-final da competição, parando apenas na campeã Itália.
MOHAMED SALAH (Egito)
Salah recolocou o Egito em uma Copa do Mundo após 28 anos de ausência (imagem extraída de www.facebook.com/momosalah). |
Salah faturou todos os títulos possíveis pelo Liverpool, além de diversas conquistas individuais. O africano também ajudou a levar sua seleção novamente a um Mundial, o de 2018, após uma ausência de 28 anos -a última participação do Egito havia sido em 1990.
O egípcio ficou muito perto de acabar com o jejum de títulos de sua seleção (o último troféu foi em 2010 na Copa Africana de Nações) e também de levar seu país ao Mundial do Catar, mas acabou encontrando o ótimo Senegal de seu ex-colega Sadio Mané pelo caminho.
Depois do que apresentamos aqui, acredito que Kvaratskhelia terá um pouco mais de esperanças para levar a Geórgia a alguma competição (imagem extraída de www.facebook.com/SSCNapoli)! |
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