quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Especial Copa do Mundo 2022: Grupo C

Imagem extraída de www.facebook.com/fifaworldcup



Analisamos hoje o Grupo C, formado por Argentina, Arábia Saudita, México e Polônia. O caminho parece bastante aberto para a Albiceleste que possui um melhor elenco e mais tradição em relação aos rivais. Os poloneses, liderados por Lewandowski, e os sempre surpreendentes mexicanos devem lutar pela segunda vaga. Os árabes entram como azarões da chave.

As emoções deste grupo, portanto, devem ficar restritas à luta pelo segundo lugar visto que dificilmente Messi e seus companheiros perderão a liderança da chave.



ARGENTINA- A Despedida de uma Geração



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Federação: Asociación del Fútbol Argentino (AFA)

Participações na Competição: 17

Títulos: dois (1978 e 1986)

Como se Classificou: 2ª colocada nas eliminatórias da CONMEBOL

Treinador: Lionel Scaloni

Capitão: Lionel Messi (atacante)

Expectativa: favorita ao título

Meu Palpite: quartas-de-final



A Copa 2022 deve marcar a despedida daquela geração que foi vice-campeã em 2014. Messi, Di María e Otamendi vêm resistindo bravamente mas não conseguem mais entregar a intensidade necessária para o futebol atual. O camisa 10, inclusive, já afirmou que este Mundial será o seu último.

A Albiceleste vinha capengando durante o ciclo anterior devido às constantes mudanças de treinadores e a problemas no vestiário. O técnico Lionel Scaloni, porém, conseguiu arrumar a casa e renovar a equipe. Mais organizada e rejuvenescida, a Argentina acabou com o jejum de títulos (venceu a Copa América 2021) e chega mais confiante para este Mundial.

A tendência, porém, é de que a Copa 2022 seja muito mais uma transição para a Argentina do que uma luta efetiva pelo título. A geração de Messi deve "passar o bastão" para Lautaro, Álvarez, Palacios e os demais jovens do grupo.

O time é bom e há bons atletas disponíveis para todas as posições, mas a Albiceleste enfrentou poucos adversários de peso nos últimos meses (o último foi a Itália em partida que terminou em 3x0 para os argentinos), assim como as demais seleções da América do Sul. O próprio histórico de Messi em Mundiais também não é muito bom com atuações tímidas e pouco protagonismo em campo. Será que a Pulga conseguirá fazer a diferença aos 35 anos e em sua última Copa?



Destaque do Time- Julián Alvaréz (atacante): Alvaréz acabou de chegar ao Manchester City nesta temporada e já está se impondo no estrelado elenco dos Citizens. Com apenas 22 anos, o atacante já ostenta oito títulos (seis pelo River Plate e dois pela Seleção Argentina). Se continuar nesse ritmo, ele deve se tornar uma das referências da Albiceleste no período pós-Messi.



Convocados (a lista ainda pode sofrer alterações): 

GOLEIROS: Emiliano Martínez (Aston Villa), Franco Armani (River Plate), Geronimo Rulli (Villarreal).

DEFENSORES: Nicolás Otamendi (Benfica), Marcos Acuña (Sevilla), Nicolás Tagliafico (Lyon), Germán Pezzella (Betis), Nahuel Molina (Atlético de Madrid), Gonzalo Montiel (Sevilla), Juan Foyth (Villarreal), Cristian Romero (Tottenham), Lisandro Martínez (Manchester United).

MEIO-CAMPISTAS: Leandro Paredes (Juventus), Rodrigo De Paul (Atlético de Madrid), Guido Rodríguez (Betis), Exequiel Palacios (Bayer Leverkusen), Alejandro Gómez (Sevilla), Alexis Mac Allister (Brighton), Enzo Fernández (Benfica).

ATACANTES: Lionel Messi (PSG), Ángel Di María (Juventus), Lautaro Martínez (Internazionale), Paulo Dybala (Roma), Nicolás González (Fiorentina), Joaquín Correa (Internazionale), Julián Álvarez (Manchester City).



ARÁBIA SAUDITA- Os Vizinhos Querem Aprontar



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Federação: Saudi Arabian Football Federation/الاتحاد العربي السعودي لكرة القدم (SAFF)

Participações na Competição: 5

Títulos: nenhum

Como se Classificou: 1ª colocada no Grupo B das eliminatórias da AFC

Treinador: Hervé Renard

Capitão: Salman Al-Faraj (meia)

Expectativa: vem a passeio

Meu Palpite: fase de grupos



A Arábia Saudita, assim como o vizinho Catar, têm investido no fortalecimento do futebol local apostando em infraestrutura e em estrelas com passagem na Europa para que os seus próprios jogadores possam se desenvolver. Os resultados, porém, ainda não surgiram com os times árabes realizando campanhas apenas modestas fora da Ásia.

Os Falcões Verdes contam apenas com jogadores que atuam na liga local e, portanto, poucos são conhecidos fora da Ásia. Os árabes, porém, contam com o renomado treinador Hervé Renard, que conseguiu vencer a Copa Africana de Nações duas vezes: uma com a Zâmbia em 2012 e outra com a Costa do Marfim em 2015. E o francês consegue fazer equipes modestas competirem em campo. Outro ponto a favor é o desempenho nas eliminatórias -ficaram em 1º lugar em seu grupo, à frente do favorito Japão.

A Arábia Saudita é a seleção com menos chances de avançar para as oitavas neste grupo. O elenco é experiente e o histórico do treinador ajuda. As expectativas, porém, não são muito boas devido ao nível dos rivais e dificilmente os árabes conseguirão aprontar no país vizinho.



Destaque do Time- Salem Al-Dawsari (meia-atacante): é o artilheiro do grupo com 17 tentos anotados, além de uma breve passagem pelo Villarreal. Seus gols são a grande esperança dos Falcões Verdes na Copa.



Convocados (a lista ainda pode sofrer alterações): 

GOLEIROS: Mohammed Al-Owais (Al-Hilal), Mohammed Al Rubaie (Al-Ahli), Nawaf Al-Aqidi (Al-Nassr).

DEFENSORES: Yasser Al-Shahrani (Al-Hilal), Mohammed Al-Breik (Al-Hilal), Ali Al-Bulaihi (Al-Hilal), Sultan Al-Ghanam (Al-Nassr), Saud Abdulhamid (Al-Hilal), Abdulelah Al-Amri (Al-Nassr), Hassan Tambakti (Al-Shabab), Abdullah Madu (Al-Nassr).

MEIO-CAMPISTAS: Nawaf Al-Abed (Al-Shabab), Salem Al-Dawsari (Al-Hilal), Salman Al-Faraj (Al-Hilal), Abdullah Otayf (Al-Hilal), Hattan Bahebri (Al-Shabab), Mohamed Kanno (Al-Hilal), Abdulellah Al-Malki (Al-Hilal), Sami Al-Najei (Al-Nassr), Ali Al-Hassan (Al-Nassr), Nasser Al-Dawsari (Al-Hilal), Riyad Sharahili (Abha), Abdulrahman Al-Aboud (Al-Ittihad).

ATACANTES: Firas Al-Buraikan (Al-Fateh), Saleh Al-Shehri (Al-Hilal), Haitham Asiri (Al-Ahli).



MÉXICO- Um Time Imprevisível



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Federação: Federación Mexicana de Fútbol Asociación (Femexfut/FMF)

Participações na Competição: 15

Títulos: nenhum

Como se Classificou: 2º colocado nas eliminatórias da CONCACAF

Treinador: Tata Martino

Capitão: Andrés Guardado (meia)

Expectativa: pode surpreender

Meu Palpite: fase de grupos



O México é daquelas seleções que nunca é favorita ao título mas sempre apronta em campo. O país vem investindo forte em sua liga, o que tem ajudado na formação de novos jogadores e também no fortalecimento do futebol mexicano. Não obstante, a Tricolor conta com muitos jogadores de renome na Europa.

Os principais jogadores do México (Guardado, Moreno, Ochoa, ...), porém, já estão na reta final de suas respetivas carreiras e não devem mais fazer a diferença como em ciclos anteriores. A tendência é de que os mexicanos utilizem este Mundial como preparação para 2026, quando a Tricolor será uma das anfitriãs.

O México tem condições de brigar com a Polônia pela segunda vaga e o histórico dos mexicanos em Mundiais é bastante favorável. Não se deve subestimar a Tricolor visto que eles sempre aprontam em Copas do Mundo.



Destaque do Time- Hirving Lozano (atacante): o bom momento do Napoli na temporada passa pelos pés de Lozano. É veloz, raçudo e muito eficiente tanto nas infiltrações pela esquerda quanto na recomposição defensiva.



Convocados (a lista ainda pode sofrer alterações): 

GOLEIROS: Guillermo Ochoa (América), Alfredo Talavera (Juárez), Rodolfo Cota (León).

DEFENSORES: Kevin Álvarez (Pachuca), Néstor Araujo (América), Gerard Arteaga (Genk), Jesús Gallardo (Monterrey), Héctor Moreno (Monterrey), César Montes (Monterrey), Jorge Sánchez (Ajax), Johan Vásquez (Cremonese).

MEIO-CAMPISTAS: Edson Álvarez (Ajax), Roberto Alvarado (Chivas), Uriel Antuna (Cruz Azul), Luis Chávez (Pachuca), Andrés Guardado (Betis), Erick Gutiérrez (PSV), Héctor Herrera (Houston Dynamo), Orbelín Pineda (AEK Atenas), Carlos Rodríguez (Cruz Azul), Luis Romo (Monterrey).

ATACANTES: Rogelio Funes Mori (Monterrey), Raúl Jiménez (Wolverhampton), Hirving Lozano (Napoli), Henry Martín (América), Alexis Vega (Chivas).



POLÔNIA- O Último Ato?



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Federação: Polski Związek Piłki Nożnej (PZPN)

Participações na Competição: 8

Títulos: nenhum

Como se Classificou: derrotou a Suécia na repescagem das eliminatórias da UEFA

Treinador: Czesław Michniewicz

Capitão: Robert Lewandowki (atacante)

Expectativa: corre por fora

Meu Palpite: oitavas-de-final



A Polônia chega ao seu segundo mundial com alguns problemas. Alguns de seus principais jogadores (Krychowiak e Glik) já não vivem o melhor momento técnico. A campanha ruim da última Eurocopa também motivou a troca no comando -saiu Paulo Sousa e entrou Czesław Michniewicz.

Os poloneses, em compensação, terão alguns jogadores em ótimo momento à disposição incluindo o goleiro Wojciech Szczęsny, o meia Piotr Zieliński, o atacante Arek Milik e, principalmente, o grandão Robert Lewandowski.

Esta, porém, deve ser a última Copa desta geração visto que seus principais jogadores já passaram dos 30 anos (incluindo Lewandowski) e uma renovação deve ter início durante o próximo ciclo. Para a "despedida", os poloneses tem boas chances de alcançar, ao menos, as oitavas-de-final visto que a chave é acessível.



Destaque do Time- Robert Lewandowski (atacante): o grandão Lewandowski dispensa apresentações. Ele utiliza seu tamanho para se impor mas também sabe participar da articulação de jogadas. Seu talento e seu currículo vitorioso devem fazer os adversários respeitarem a Polônia em campo.



Convocados (a lista ainda pode sofrer alterações): 

GOLEIROS: Wojciech Szczęsny (Juventus), Łukasz Skorupski (Bologna), Kamil Grabara (Copenhagen).

DEFENSORES: Matty Cash (Aston Villa), Artur Jędrzejczyk (Legia Warsaw), Mateusz Wieteska (Clermont), Jan Bednarek (Aston Villa), Jakub Kiwior (Spezia), Kamil Glik (Benevento), Bartosz Bereszyński (Sampdoria), Nicola Zalewski (Roma), Robert Gumny (FC Augsburg).

MEIO-CAMPISTAS: Krystian Bielik (Birmingham City), (AEK Athens), Grzegorz Krychowiak (Al-Shabab), Kamil Grosicki (Pogoń Szczecin), Jakub Kamiński (Wolfsburg), Szymon Żurkowski (Fiorentina), Sebastian Szymański (Feyenoord), Piotr Zieliński (Napoli), Przemysław Frankowski (Lens), Michał Skóraś (Lech Poznań).

ATACANTES: Arkadiusz Milik (Juventus), Robert Lewandowski (Barcelona), Karol Świderski (Charlotte FC), Krzysztof Piątek (Salernitana).



Imagem extraída de www.facebook.com/fifaworldcup




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