Imagem extraída de www.facebook.com/Palmeiras |
Foi feriado ontem aqui no Brasil e resolvi descansar um pouco. Em virtude disto, não tivemos post ontem e devo soltar algum texto extra em breve para compensar.
Parabéns, antes de mais nada, ao Palmeiras e aos palmeirenses pela conquista do 11º título brasileiro, que foi obtido antecipadamente com o tropeço do Internacional diante do América Mineiro. Com isso, o Verdão não mais poderia ser alcançado na tabela pelo Colorado e o Porco entrou em campo apenas para cumprir tabela contra o Fortaleza.
O desempenho do Palmeiras ao longo do ano foi bom com três conquistas -Paulistão, Brasileirão e Recopa Sulamericana- mas cabe uma análise em relação às duas eliminações sofridas durante a temporada.
A base do Palmeiras é virtualmente a mesma de 2020, que faturou a Libertadores e a Copa do Brasil daquela temporada -ambos títulos obtidos em 2021 em virtude da pandemia. Eu sempre escrevo aqui no blog que as equipes tendem a se tornar "manjadas" pelos adversários com o passar do tempo e o Verdão não foi exceção.
Houve, de fato, alguns erros de arbitragem contra o Palmeiras que custaram caro ao time -em especial, na Copa do Brasil- mas isto não significa que o elenco não necessite de uma reformulação. Houve também competência por parte dos rivais que souberam anular os jogadores-chave do Porco, e isto torna-se ainda mais fácil quando o elenco apresenta poucas mudanças.
Scarpa foi o grande destaque do Verdão em 2022. E o meia escolheu um bom momento para deixar o clube (imagem extraída de www.facebook.com/Palmeiras). |
Compreendo o sentimento do torcedor que se apegou a uma geração que conquistou tantos títulos e trouxe tantas alegrias para os fãs. Da mesma forma, entendo o quanto o treinador Abel Ferreira gostaria de contar com os mesmos jogadores visto que eles já estão entrosados e seria mais fácil obter resultados a curto prazo.
O futebol, no entanto, não permite acomodação como ocorre em qualquer meio competitivo. Equipes que não se renovam tendem a se tornar previsíveis para os rivais, por mais qualidades que possuam. Basta lembrar-nos do Barcelona de Guardiola, que era um ótimo time mas que acabou se tornando "manjado" para os adversários porque apresentou poucas mudanças no decorrer do tempo.
O ideal seria que o Palmeiras aproveitasse o momento e negociasse alguns de seus jogadores já no final desta temporada, visto que os atletas sairiam pela porta da frente com o título brasileiro. Ademais, haverá muito tempo para planejamento, contratações e pré-temporada em virtude da Copa do Mundo.
A renovação, obviamente, deve ser realizada aos poucos para se evitar um desmanche. Deve-se compreender também que toda mudança leva algum tempo para ser assimilada e que é possível que muitos jogos sejam perdidos inicialmente até que o grupo se entrose novamente. Mas, convenhamos, valeria a pena sacrificar um Campeonato Paulista para colher frutos lá na frente com o tetra da Libertadores ou o penta da Copa do Brasil.
Esta geração do Palmeiras foi ótima e mereceu todos os títulos que conquistou, mas chegou o momento para mudanças. Melhor permitir que os jogadores deixem o clube pela porta da frente após o título brasileiro do que sob protestos quando a equipe entrar em decadência e manchar tudo o que este grupo edificou.
O treinador Abel Ferreira vai lutar para manter a base do time, mas ele precisa compreender: equipes que não se renovam tornam-se previsíveis para os rivais (imagem extraída de www.facebook.com/Palmeiras). |
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