Julián Álvarez fez o gol que colocou a Argentina nas oitavas (imagem extraída de www.facebook.com/fifaworldcup). |
Sim, mais uma partida que confrontou a velocidade dos "baixinhos" contra a força dos grandões. E desta vez foram os pequenos argentinos que venceram os grandalhões poloneses na raça e na mobilidade em campo.
O treinador Czesław Michniewicz escalou a Polônia em 4-4-2/4-4-1-1 esperando os argentinos em duas linhas de quatro e tentando jogar no desespero dos rivais para encaixar contra-ataques. Lionel Scaloni, que necessitava do resultado, foi de 4-3-3 e mandou a Argentina pressionar os adversários em busca do gol.
A Albiceleste tomou as rédeas do jogo, adiantando as linhas e procurando brechas na defesa rival, seja na troca de passes, seja em infiltrações. As duas linhas de quatro polonesas, porém, impediam a bola de circular na área de Szczęsny. Os grandalhões também não tinham dificuldades em interceptar os cruzamentos argentinos e, quando não conseguiam, eram salvos por seu goleiro.
Os Biało-czerwoni, porém, demonstravam poucos recursos para contra-atacar -tentavam bolas longas para o isolado Lewandowski ou subiam pela direita com Cash e Zieliński sem sucesso. Os poloneses se movimentavam com muita lentidão e eram facilmente interceptados pela recomposição argentina.
Houve um pênalti de Szczęsny em Messi mas a Pulga acabou parando no goleiro polonês. A Argentina passou a inverter Di María e Álvarez, além de apostar nas subidas do lateral-esquerdo Acuña, mas os grandalhões levaram a melhor nos lances.
Argentina, em 4-3-3, adianta as linhas e tenta abrir espaços na defesa polonesa, mas sem sucesso. Di María e Álvarez trocam de lado e recebem apoio do lateral-esquerdo Acuña, mas o trio não tem êxito em seus cruzamentos. Polônia, encolhida em 4-4-2/4-4-1-1, tenta sair jogando com Cash e Zieliński pela direita ou com bolas longas para Lewandowski, mas a lentidão da equipe mata os seus contra-ataques (imagem obtida via this11.com). |
Czesław Michniewicz troca Frankowski e Świderski por Kamiński e Skóraś, centralizando Zieliński e mudando o esquema para 4-2-3-1. O objetivo seria ajudar Lewandowski na frente e também aumentar a mobilidade do time polonês
As alterações, porém, ofereceram os espaços que a Argentina necessitava para se infiltrar e, logo no início do segundo tempo, Di María cruzou uma bola na medida para o volante Mac Allister abrir o placar. Minutos depois, Álvarez aumentou em um belo chute pela esquerda.
Michniewicz tentou colocar mais meias para, ao menos, buscar o empate mas a marcação alta da Argentina impediam a saída de bola polonesa. Lewandowski, isolado na frente, não conseguia receber os lançamentos. Nem mesmo a força física era suficiente para os poloneses se imporem em campo.
A Polônia, em dado momento, renunciou ao ataque e ficou contando com a sorte -precisava que o México não ultrapassasse os Biało-czerwoni no saldo de gols ou no número de cartões amarelos. Lionel Scaloni, por sua vez, realizou alterações apenas segurar um pouco o jogo e poupar os atletas mais desgastados.
Polônia, em 4-2-3-1, tenta sair jogando mas oferece espaços que Di María e Álvarez aproveitaram (imagem obtida via this11.com). |
Argentina vence graças à mobilidade e determinação de seus jogadores que lutaram até o final e não esmoreceram mesmo após o pênalti desperdiçado. Polônia paga por sua lentidão em campo e foi salva pelo regulamento.
Os duelos entre "baixinhos" e grandões estão marcando a Copa do Mundo. O futebol mais físico vinha se impondo sobre a técnica e o talento durante os últimos anos, mas este Mundial está mostrando que os jogadores de baixa estatura desenvolveram novos antídotos contra os adversários grandalhões.
Imagem extraída de www.facebook.com/fifaworldcup |
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