quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Tamanho Não É Documento

Com este belo chute, Richarlison decidiu o jogo para o Brasil
(imagem extraída de www.facebook.com/fifaworldcup).



Escrevi na última segunda-feira um post exaltando os holandeses por sua estatura. Hoje, mais uma vez, a altura dos jogadores definiu o jogo, mas de forma negativa. A Sérvia apostou em atletas grandalhões mas foi justamente isto que acabou decidindo a partida em favor do Brasil.

Tite, como eu especulei, entrou em campo com Neymar recuado para o meio-de-campo para aproveitar a ótima fase de Vinícius Júnior pela esquerda. A Seleção atuou em 4-3-3 variando para 4-4-2/4-2-4 com o camisa 10 se juntando ao ataque -esquema muito semelhante ao da França com Griezmann ora atuando como 2º atacante, ora como meia.

A Sérvia foi em 3-4-3 variando para 4-4-2 (com Gudelj ou Lukić voltando para compor a defesa e Sergej alternando as funções de armador e atacante esquerdo) e também para 5-4-1 (com apenas Mitrović isolado na frente).



Variações táticas de Brasil e Sérvia: brasileiros jogam em 4-3-3
variando para 4-4-2/4-2-4 (com Neymar se juntando ao ataque) e,
muito raramente, 5-4-1 (com Casemiro compondo a zaga).
Orolvi vão de 3-4-3 variando para 4-4-2 (com com Gudelj ou
Lukić e Sergej recuando) ou 5-4-1 (com os laterais e os dois
pontas voltando) -imagem obtida via this11.com.



O Brasil tomou a iniciativa, adiantando as linhas e tentando se infiltrar com Raphinha e Vini Jr. Neymar ficava solto atrás de Richarlison e tinha liberdade para subir ou armar as jogadas como um meia conforme a necessidade.

Sérvia passou a maior parte do tempo encolhida em 5-4-1. Os grandões conseguiam ganhar as divididas e impedir a bola de circular na área de Vanja, mas os sérvios não tinham velocidade para correr e seu único recurso para contra-atacar eram bolas longas para Mitrović. Por vezes, tentavam sair jogando com a defesa mas os velozes brasileiros não tinham trabalho na recomposição.



Brasil, em 4-4-2/4-2-4, adianta as linhas, acelera o jogo e tenta
se infiltrar principalmente pelas pontas, mas os grandões sérvios
conseguem tirar os espaços. Sérvia, encolhida em 5-4-1, não
consegue sair jogando e tem apenas bolas longas para Mitrović
como opção de contra-ataque (imagem obtida via this11.com).



O treinador Dragan Stojković troca Živković e o amarelado Gudelj por Radonjić e Ilić, respectivamente. O objetivo seria evitar a expulsão do volante e também acabar com a lentidão sérvia em campo.

A Sérvia, com a mudança, passou a criar mais chances, principalmente pela esquerda com Radonjić, e até chegou a encurralar o Brasil durante vários momentos. Mas como os sérvios eram lentos na recomposição, os brasileiros tiveram mais espaço para contra-golpes e os gols (ambos anotados por Richarlison) saíram.

Stojković escancarou o time em busca do empate e a Sérvia até chegou a preocupar com cruzamentos ou bolas paradas, mas o Brasil conseguiu segurar. Tite, por sua vez, aproveitou que o jogo estava virtualmente controlado e realizou trocas apenas para rodar o elenco.

A alegria só não foi total para o Brasil visto que Neymar se machucou em dividida e preocupa para a sequência da competição. O camisa 10 foi visto chorando no banco de reservas, o que demonstra que a lesão pode ter sido grave.



Com a presença de Radonjić, a Sérvia, enfim, ganhou mobilidade
e pôde equilibrar o jogo, mas isso também deixou espaços que
Richarlison tratou de aproveitar (imagem obtida via this11.com).



Brasil vence a Sérvia por ter mais mobilidade em campo. Os grandalhões balcânicos até conseguiram tirar os espaços dos brasileiros, mas pagaram o preço por serem lentos na recomposição e isto foi determinante para o triunfo do Escrete Canarinho.

O tamanho dos jogadores pode ser determinante em campo mas depende muito do contexto da partida e também como o treinador escala os atletas. No caso da Sérvia, a estatura de seus futebolistas acabou sendo seu ponto fraco.



Imagem extraída de www.facebook.com/fifaworldcup




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