quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

Portas Fechadas

Imagem extraída de www.facebook.com/copinha



Parabéns, antes de mais nada, à comissão técnica e aos garotos do time sub-20 do Palmeiras pelo bicampeonato da Copa São Paulo de Futebol Júnior. É o segundo título consecutivo do Verdão que, até pouco tempo atrás, era motivo de deboche por não possuir nenhuma conquista na competição.

A garotada fez a sua parte e honrou o nome do clube com mais um troféu. Mais do que isso, o feito foi televisionado e foi amplamente divulgado pela imprensa especializada. Os jovens, com isso, estão valorizados e conseguiram atrair a atenção do público. O sonho com uma vaga no time profissional ou de se transferir para alguma equipe europeia é real.

Os jovens, contudo, terão as portas fechadas nos times principais no que depender de muitos treinadores. Abel Ferreira e Rogério Ceni, por exemplo, declararam mais de uma vez durante entrevistas que têm preferência por contratações em detrimento aos garotos formados no próprio clube.

A postura dos técnicos se justifica: o futebol exige resultados a curto prazo, garotos muitas vezes sentem dificuldades no time profissional e leva algum tempo para que os jovens aprendam a lidar com as responsabilidades nas equipes principais. Por isso, os treinadores preferem trazer o talento pronto porque o tempo de adaptação costuma ser menor.



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A impaciência dos clubes com os garotos, contudo, fez com que muitos talentos fossem desperdiçados. Casemiro, por exemplo, foi dado praticamente de graça pelo São Paulo ao Real Madrid e hoje o meio-campista é um dos melhores volantes do mundo. Ou Marquinhos, que era pouco aproveitado por Tite no Corinthians, foi praticamente despachado à Roma e hoje é titular absoluto no PSG. Isso sem mencionar os diversos garotos que o Palmeiras revelou durante os últimos anos (Fernandão, Papagaio, Angulo, ...) que foram escanteados ou negociados durante as gestões anteriores.

Os clubes, portanto, deveriam dar mais atenção às suas joias antes de pensar em contratações, afinal forma-se jogadores justamente para utilizá-los. Ademais, isto evita que casos como os mencionados no parágrafo anterior se repitam. 

Os argumentos deste texto já foram usados em outras postagens mas reforço o apelo aos clubes para que valorizem suas categorias de base e aproveitem mais os garotos formados nos próprios clubes. Os jovens deram o sangue na Copinha pensando em subir para os times principais e viverem daquilo que mais gostam que é jogar futebol.



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