quinta-feira, 15 de junho de 2023

Enfurecidos

Imagem extraída de twitter.com/SEFutbol



A partida de hoje foi o oposto de ontem: a juventude da Espanha triunfou sobre a experiência italiana. E foi do jeito que a Furia gosta com linhas altas, ofensividade, posse de bola e muita agressividade em campo.

Luis de la Fuente escalou sua equipe em 4-3-3 com muitas novidades em relação ao ciclo anterior incluindo Robin le Normand e Mikel Merino, além de resgatar o experiente Jesús Navas após sua excelente temporada pelo Sevilla. Roberto Mancini, por sua vez, também foi de 4-3-3 mantendo a base que venceu a Euro 2020 mas com Frattesi e Zaniolo no ataque.

Ambos os times jogaram trocando passes e adiantando linhas mas a Espanha conseguiu executar melhor a sua tática e abriu o placar muito cedo com o jovem Pino após um erro na saída de bola do experiente Bonucci.

A Azzurra (que jogou de Bianca na partida de hoje) respondeu aproveitando os espaços às costas da Furia com bolas longas e com contra-ataques rápidos pelas laterais. Os italianos conseguiram empatar com um pênalti (Le Normand desviou com a mão um chute de Zaniolo) convertido por Immobile.

A Itália conseguiu tomar conta do jogo enquanto a Espanha sentiu bastante o gol sofrido. Por pouco, Frattesi não aumenta mas foi flagrado em impedimento. A Azzurra teve mais algumas chances claras ao longo do primeiro tempo mas não conseguiu aproveitar o bom momento para ampliar o placar.



Espanha, em 4-3-3, adianta as linhas e troca passes principalmente
pela direita, mas peca nas finalizações. Itália, também em
4-3-3, responde com bolas longas aproveitando os espaços
às costas da defesa rival (imagem obtida via this11.com).



A Espanha, porém, volta mais agressiva para o segundo tempo usando mais o lado esquerdo com Merino e Alba, além de adotar o jogo mais direto com jogadas individuais e mais chutes em direção ao gol. De la Fuente também aproveitou para trocar o apagado Rodrigo Moreno por Marco Asensio.

A Itália mostrava que a idade dos seus atletas estava pesando com as trocas de Bonucci e Spinazzola por Darmian e Dimarco já na volta do intervalo. E isto ficou ainda mais evidente ao longo da segunda etapa com a Azzurra perdendo a intensidade e aceitando a pressão espanhola.

A Furia revigorou sua equipe trocando todo o ataque para manter a pressão enquanto Mancini se viu obrigado a recuar a sua equipe e tentar jogar nos contra-golpes usando um atacante de mais mobilidade, Chiesa, mas não consegue aproveitar as poucas chances criadas. A insistência da Espanha foi recompensada com um gol de Joselu quase no final da segunda etapa.



Espanha parte para o jogo mais direto com jogadas rápidas,
cruzamentos e chutes de fora da área. E é recompensada com
o gol de Joselu. Itália aceita a pressão e tenta jogar nos
contra-ataques, mas para na recomposição adversária
(imagem obtida via this11.com).



Espanha, renovada, consegue impor seu estilo (apesar da oscilação na metade do primeiro tempo) e está na final com méritos. Itália, demonstrando sinais de envelhecimento e de desgaste, perde por não conseguir manter a intensidade durante os noventa minutos. Ficou evidente que Mancini ainda terá muito trabalho para rejuvenescer seu grupo.

A Furia mostrou sua fúria em campo e conseguiu superar a Itália com o que tem de melhor: leveza, ofensividade e posse de bola. Ainda há traços do velho Tiki-Taka mas De la Fuente, ao menos no segundo tempo, propôs um jogo mais direto e agressivo, justamente o que faltou à Espanha durante o último Mundial.



Imagem extraída de twitter.com/SEFutbol




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