terça-feira, 13 de junho de 2023

Soluções Caseiras?

Abel Ferreira possui o desejado "perfil vitorioso" mas seu temperamento explosivo
o afasta da Seleção Brasileira (imagem extraída de www.facebook.com/Palmeiras).



E seguem as especulações a respeito de quem será o próximo treinador da Seleção Brasileira. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmou em entrevista que ainda não desistiu de Carlo Ancelotti e que acredita em um acerto com o italiano a despeito do técnico ter afirmado que cumprirá seu contrato no Real Madrid -que vai até o final da temporada 2023-24.

Alguns jornalistas e conselheiros da CBF defendem que Ednaldo esqueça Ancelotti e adote alguma "solução caseira", ou seja: contrate um treinador com experiência no futebol brasileiro visto que, neste caso, o possível sucessor de Tite não precisaria se adaptar aos nossos costumes e uma eventual multa rescisória seria muito mais baixa do que tirar o italiano do Real Madrid.

O primeiro nome especulado é justamente o de Abel Ferreira, atual técnico do Palmeiras. O português já está bem ambientado no futebol brasileiro e possui o desejado "perfil vencedor" com oito títulos conquistados pelo Verdão, incluindo duas Libertadores. Pesam contra o treinador o seu estilo defensivista (que não é muito quisto por alguns conselheiros da CBF), as pressões da presidenta Leila Pereira (que jurou que o lusitano não deixa o Alviverde até o fim de seu mandato) e, principalmente, o seu temperamento explosivo que lhe rendeu um recorde de 50 cartões.



Fernando Diniz encanta pelo perfil ofensivo mas tem poucos
títulos no currículo e também possui um temperamento explosivo
(imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC).



Fernando Diniz, atualmente no Fluminense, tem seus defensores na CBF. A favor do mineiro estão sua filosofia ofensiva de jogo e também sua facilidade em utilizar atletas jovens. O treinador tricolor, porém, possui pouquíssimos troféus em seu currículo e também é conhecido pelo seu temperamento explosivo -o técnico já foi expulso algumas vezes de campo e já chegou a se desentender publicamente com seus atletas.

Dorival Jr. foi ventilado durante as últimas semanas, embora o nome do técnico não tenha sido vazado pela CBF. O paulista é lembrado pelos seu bom trabalho no Flamengo (ganhou Libertadores e Copa do Brasil) e pelo seu perfil conciliador. O treinador, porém, adota um futebol mais conservador (que é chamado ironicamente de "feijão com arroz") e ele já se desentendeu com Neymar em 2010 enquanto os dois estavam no Santos. E, cabe mencionar, seu estilo paternalista é muito similar ao de Tite, o que pode ser algo bom ou ruim para a Seleção Brasileira dependendo do contexto.



O estilo paternalista de Dorival e os títulos recentes
são pontos positivos, mas seu futebol "feijão com
arroz" e a briga com Neymar em 2010 pesam contra ele
(imagem extraída de www.facebook.com/saopaulofc)



Uma quarta opção surgiu durante os últimos dias. Jorge Jesus, lembrado pelo grande trabalho no Flamengo em 2019, não renovou com o Fenerbahçe e está livre no mercado. Seu futebol vibrante e seus títulos pelo Rubro-Negro pesam a favor do português. Há, porém, outros times de olho no lusitano e a CBF teria de agir logo para contratá-lo. E, cabe mencionar, o ex-flamenguista é bastante profissional na casamata e, portanto, dificilmente concederia privilégios a jogadores.

A CBF, independente da escolha, necessita de um nome para a sucessão de Tite o quanto antes. A Seleção Brasileira dificilmente ficará fora da próxima Copa visto que as Eliminatórias Sul-Americanas estão ainda mais fáceis com o aumento do número de vagas e há poucos adversários difíceis neste momento. Mas a função de um treinador vai muito além dos resultados em campo e talvez não valha tanto a pena insistir com o improvável acerto com Ancelotti.



Jorge Jesus está livre no mercado e possui muitos títulos
no currículo, mas há outros times de olho no português
(imagem extraída de www.facebook.com/Fenerbahce).




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