sábado, 17 de junho de 2023

Plot Twist

Imagem extraída de www.facebook.com/atletico



Luiz Felipe Scolari, após uma boa campanha pelo Athletico Paranaense em 2022 (ele fora vice-campeão na Libertadores), anunciara sua aposentadoria do banco de reservas e trabalharia como dirigente no Furacão enquanto seu auxiliar, Paulo Turra, seria efetivado como treinador. Felipão, porém, não resistiu a uma nova oportunidade de comandar um grande time e prontamente aceitou o convite do Atlético Mineiro ontem. Turra também acabou desligado do Rubro-Negro na sequência. 

Felipão não precisaria voltar a trabalhar. Ele já é um treinador vitorioso com uma Copa do Mundo (de 2002 pela Seleção Brasileira) e duas Libertadores (1996 pelo Grêmio e 1999 pelo Palmeiras) no currículo, além de estar com a vida financeira resolvida. Mas o gaúcho certamente ainda deseja apagar as lembranças amargas que deixou no futebol (em especial, a derrota por 7x1 diante da Alemanha) além de se livrar do rótulo de "ultrapassado" que seus críticos passaram a lhe atribuir.

O gaúcho, justiça seja feita, ainda conseguiu montar equipes competitivas durante os últimos anos (foi campeão brasileiro pelo Palmeiras em 2018 e também vice na Libertadores pelo Athletico em 2022) mas nada que lembrasse os seus grandes trabalhos realizados durante os anos 90 e 2000.



Imagem extraída de www.facebook.com/clubathleticoparanaense



O ego, porém, sempre fala muito alto em situações como esta. Telê Santana, mesmo com problemas de saúde durante a década de 90, queria provar que ainda reunia condições de trabalhar e acertou com o Palmeiras em 1997, mas seu fragilizado corpo o obrigou a renunciar ao cargo antes de assumir. Ou Vanderlei Luxemburgo, que estava aposentado mas não resistiu à oportunidade de voltar ao Corinthians e calar a boca dos críticos que o chamam de "ultrapassado".

Felipão terá um gordo salário no Galo (estimado em R$ 1,2 milhões) e um elenco robusto à sua disposição, dois belos incentivos para voltar ao trabalho. Porém, precisará motivar o elenco que está com atrasos nos vencimentos e também buscar por resultados a curto prazo visto que as dívidas do Galo estão na casa de R$ 2 bilhões.

A escolha do Galo por Felipão pode dar certo ou errado visto que o futebol não é uma ciência exata mas o gaúcho não precisa provar a sua grandeza visto os títulos que conquistou falam por ele. Mais do que isso, uma eventual campanha ruim pode manchar ainda mais a sua imagem e oferecer ainda mais argumentos para os críticos atestarem que o técnico está realmente ultrapassado. Isso sem mencionar que o treinador não cumpriu a sua palavra de que não mais voltaria à casamata.


 

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