A Dura Realidade dos Craques

Imagem extraída de www.facebook.com/RealMadrid

Fui ao médico na última quarta-feira e, enquanto esperava para ser atendido, fiquei assistindo a alguns garotos jogando bola na quadra em frente ao hospital. Presenciei um dos meninos ser derrubado duas vezes durante a partida. No primeiro desses lances o jogador permaneceu caído durante quase cinco minutos e no outro ele deixou a partida mancando. Motivo? Ele fazia as jogadas mais perigosas, era muito rápido e os adversários só conseguiam detê-lo com faltas.

Me veio imediatamente à cabeça a lembrança do quanto jogadores habilidosos são "caçados" em campo. Basta um craque sair correndo com a bola dominada para que ele encontre as travas da chuteira de algum zagueiro ou volante.

Perdi a conta de quantas vezes jogadores como Neymar, Eden Hazard e Vini Jr. foram derrubados em campo durante os jogos. É fato que segurar demais a bola é um chamariz para os carrinhos dos rivais mas sofrer faltas sempre será um ônus para o talento dos craques.

Há, obviamente, regras para proteger os atletas da deslealdade dos rivais mas os melhores jogadores sempre serão os mais visados pelos adversários em todos os sentidos. Resta aos clubes preparar seus craques fisicamente e psicologicamente para lidar com a situação.

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Os jogadores precisam manter a cabeça no lugar para não se irritarem com as faltas ou com as provocações dos oponentes visto que esse é o objetivo dos adversários. Um bom exemplo é justamente Vini Jr. que é sempre visado pelos carrinhos e chegou até a sofrer ofensas preconceituosas mas o brasileiro nunca se deixou abalar diante das adversidades.

Também é necessário preparar os atletas para suportar as faltas mais duras e também investir no departamento médico para recuperar os jogadores o quanto antes caso o pior aconteça em campo, afinal não foram poucas as vezes que algum futebolista sofreu uma lesão mais grave após algum lance mais ríspido.

É necessário, por fim, instruir os atletas a não prenderem demais a bola. Por mais que os dribles e os lances individuais façam parte da magia do futebol, é necessário zelar pela saúde do jogador acima de tudo. Há quem se valha disso para tentar cavar faltas próximo à área do adversário mas é mais um risco para o bem-estar do futebolista.

Futebol, como escreveu o jornalista Luiz Antônio Prósperi, também é jogo de força mental e os adversários farão de tudo para tentar deter os craques, mesmo que isto signifique machucá-los ou atacar a sua honra.

O jogo que eu vi na frente do hospital foi um claro retrato da realidade para os craques. Ainda que o garoto possa ter prendido a bola em demasia, a reação de seus adversários nada mais foi do que se observa no futebol profissional com os mais talentosos sendo "caçados" pelas chuteiras rivais.

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