domingo, 16 de abril de 2023

Primeira Impressão




Até hoje eu lembro quando fui procurar estágio de iniciação científica no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) no começo de 2008. Era uma segunda ou terça-feira de janeiro à tarde quando fui ao laboratório conversar com o docente responsável. O meu futuro chefe, como sempre, estava bastante ocupado e eu precisava esperar a minha vez na "fila" para poder falar com ele.

Fui recebido por um pós-doutorando que hoje é professor na UNICAMP e com quem tenho amizade até hoje. O laboratório possuía uma espécie de escritório com diversos computadores e o rapaz disse que eu poderia me acomodar para utilizar um dos aparelhos enquanto esperava pela minha vez de falar com o docente. Só que eu fiquei "bem à vontade" demais!

Aproveitei para ver os meus e-mails e, como não havia sido chamado, resolvi ficar navegando por sites aleatórios para fazer hora. Foi quando entrei no Youtube e fiquei assistindo a alguns vídeos do jornalista Milton Neves tirando sarro do rebaixamento do Corinthians.

Foi quando um doutorando do laboratório, que era torcedor do Corinthians, chegou e viu o que eu estava assistindo. De princípio, ele achou graça e pensou que eu também fosse fã do Alvinegro. Mas ele ficou louco da vida quando percebeu que era um vídeo do Milton Neves realizando um "velório" para o Timão devido ao rebaixamento no Campeonato Brasileiro 2007!






Fiz a entrevista, fui apresentado a alguns poucos estudantes do laboratório e aos aparelhos do local. Cerca de dois meses depois, eu voltei ao ICB para começar o meu estágio propriamente dito. Eu, que sou péssimo para lembrar de rostos, não me recordava de quase ninguém que eu havia conhecido em janeiro. Mas aquele doutorando que me viu assistindo ao vídeo do "velório do Corinthians" me reconheceu imediatamente! E ele veio me questionar pelo ocorrido!

O doutorando, obviamente, só estava brincando. Aliás, naquela época não havia tanta intolerância em relação ao futebol quanto nos dias de hoje. Aprendi naquele dia, porém, como eu devo me portar em uma entrevista de emprego (ainda que não tenha sido uma "entrevista" propriamente dita) e também a não ficar "à vontade demais" no ambiente de trabalho. Como me ensinou um professor da Farmácia, "é importante aprendermos com os erros".

Assim foi meu primeiro contato com o ICB. Deixei uma primeira impressão não muito boa mas consegui o estágio e, de lá, fui para o mestrado. Se eu tivesse que passar por algum processo seletivo novamente, eu certamente teria outro tipo de postura nos dias de hoje!







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