A Libertadores Está Ruim?

Imagem extraída de twitter.com/Libertadores

Há anos alguns comunicadores vêm fazendo críticas ao atual formato da Copa Libertadores da América. As principais queixas são de que está "muito fácil" para os times brasileiros ingressarem na competição (pelo menos oito times daqui estiveram presentes nas últimas edições) e também há muitos jogos de baixo nível técnico. Há até quem defenda o retorno das equipes mexicanas para que o torneio se torne mais competitivo.

Concordo que está mais fácil para as equipes ingressarem na competição devido às muitas vagas oferecidas. Isso faz com que o torneio se desvalorize devido à "facilidade" de classificação e ao consequente excesso de times, sendo que muitos mal possuem elenco ou infraestrutura para um torneio que deveria ser a "elite" do futebol sul-americano.

Um dos problemas está relacionado à geografia: a América do Sul possui 13 países e apenas dez deles são filiados à CONMEBOL. Muitas vagas, portanto, para poucas nações participantes. A UEFA, em contrapartida, possui 55 membros e há um ranking que dificulta a participação de times oriundos de ligas mais fracas, o que diminui drasticamente a possibilidade de confrontos ruins na Champions League.

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A CONMEBOL, diante deste cenário, poderia adotar duas soluções para aumentar a competitividade da Libertadores. A primeira seria diminuir o número de times em sua fase principal de 32 para 24, mas a federação dificilmente o faria porque a quantidade de partidas também seria reduzida e, consequentemente, haveria menos lucros com as transmissões.

A segunda possibilidade seria se unir a outra confederação como a CONCACAF da América do Norte, o que significaria o retorno dos times mexicanos à Libertadores (como defendem alguns comentaristas) e também a presença das equipes da MLS dos Estados Unidos. Isto, porém, poderia trazer outras consequências, como a diminuição de vagas destinadas a seleções americanas em Copas do Mundo visto que a CONMEBOL e a CONCACAF passariam a ser vistas como uma única entidade.

Não há, portanto, uma solução a curto prazo para se aumentar o nível técnico da Libertadores. É preciso compreender, ademais, que a competição representa todo o futebol da América do Sul e, portanto, é injusto excluir equipes apenas porque seu nível técnico seja ruim.

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