Lautaro fez o gol que carimbou o passaporte da Internazionale para Istambul (imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague). |
A Internazionale está de volta a uma final de Champions League após 13 anos. E foi em grande estilo, justamente sobre o arquirrival Milan. Curiosamente, foi Inzaghi um dos responsáveis por eliminar os Rossoneri mas não estamos falando de Filippo, atacante multicampeão pelo time vermelho de Milão; e sim de seu irmão mais novo, Simone, que hoje dirige o arquirrival azul.
Inzaghi manteve a escalação da ida, com a Internazionale em 3-5-2 com a mesma proposta de travar o meio-de-campo e administrar a vantagem construída na semana passada. Stefano Pioli, por sua vez, foi de 4-2-3-1 com o retorno de Rafael Leão pela esquerda, o zagueiro Thiaw no lugar de Kjær e Brahim Díaz mais recuado.
O Milan tomou a iniciativa com linhas altas, usando Giroud para abrir espaços para os companheiros e tentando cavar faltas ou escanteios próximos à área de Onana. A Internazionale, porém, "soube sofrer" e conseguiu frear as investidas dos rivais.
Os Rossoneri parecem ter se cansado na segunda metade do 1º tempo, o que foi senha para os Nerazzurri reagirem. A Inter deu a resposta pelos lados principalmente com Dumfries e Dimarco, além de usar os meias como elemento surpresa no ataque. Inzaghi deu azar em perder Mkhitaryan por lesão (Brozović entrou em seu lugar) mas o ímpeto de sua equipe não diminuiu com a mudança.
Milan, em 4-2-3-1, usa Giroud para pressionar a defesa nerazzurra enquanto os ponteiros tentam infiltrações ou escanteios, mas os mandantes conseguem resistir. Inter, em 3-5-2, responde pelos lados e utilizam a subida dos meias como elemento surpresa no ataque (obtido via this11.com). |
O Milan, visivelmente cansado, perdeu a contundência no segundo tempo. Melhor para a Inter que criou mais chances e só não abriu o placar porque Maignan fez ótimas intervenções. Os Rossoneri ainda deram azar em perder o zagueiro Thiaw por lesão -Pierre Kalulu entrou em seu lugar.
Inzaghi renova o fôlego de sua equipe trocando Džeko e Dimarco por Lukaku e Gosens, respectivamente. A mudança deu resultado com os dois ingressantes participando da jogada que culminou no gol de Lautaro. Internazaionale 1x0.
Pioli, sem saída, foi para o "abafa" com as entradas de Saelemaekers e Origi, mas faltava calma e organização nas jogadas, que pouco levavam perigo a Onana. A Inter seguiu respondendo com Lukaku usando seu tamanho para abrir espaços para os companheiros mas Maignan evitou que os Nerazzurri ampliassem o placar.
Lukaku usa seu tamanho para abrir espaços para as infiltrações dos companheiros e Lautaro aproveita. Milan, desesperado, vai para o "abafa" mas falta organização e tranquilidade para trabalhar as jogadas (imagem obtida via this11.com). |
Internazionale vai para a final com méritos: soube administrar o resultado e aproveitou melhor as chances de gol. As mexidas de Inzaghi e o banco nerazzurro também fizeram toda a diferença visto que os reservas ajudaram a decidir o jogo.
Milan é eliminado em parte por azar (não tiveram Leão na ida e Bennacer na partida de hoje) mas também pela falta de competência ofensiva. Os Rossoneri terão de aprender a propor o mais o jogo visto que nem todos os adversários oferecerão espaços para contra-ataques. Não obstante, terão de lutar para voltarem à Champions League na próxima temporada visto que estão 4 pontos atrás da quarta colocada na Serie A, Lazio.
Confesso que nunca pensei que veria algum Inzaghi eliminar o Milan. O sobrenome que trouxe tantas alegrias para o torcedor rossonero hoje, ironicamente, é motivo de tristeza para o lado vermelho de Milão. Curiosamente, Filippo foi um jogador muito mais bem-sucedido que Simone, e hoje os papéis se invertem no banco de reservas.
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