quarta-feira, 10 de maio de 2023

Perdendo o Rumo de Casa

Com este gol, Edin Džeko abriu o placar para os visitantes
(imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague).



Milan e Internazionale trouxeram a maior rivalidade da Itália para a Champions League. A partida foi muito celebrada em todos os sentidos afinal há anos os dois clubes milaneses não honravam suas grandezas e se tornaram meros coadjuvantes. Embora compartilhem o mesmo estádio (San Siro/Giuseppe Meazza), o mando da ida pertencia aos Rossoneri mas isto não significou muita coisa...

Stefano Pioli escalou o Milan em 4-4-2/4-2-3-1 sem Rafael Leão (lesionado) e com Saelemaekers no lugar do português. Simone Inzaghi, por sua vez, foi de 3-5-2 e ousou ao sacar o volante Brozović para colocar mais um meia ofensivo, Çalhanoğlu.

A Internazionale se valeu da superioridade no meio-de-campo e travou as ações do Milan, que não conseguia sair jogando e foi obrigado a arriscar bolas longas. Simultaneamente, os três meias ofensivos se movimentavam bastante, apoiando o ataque e auxiliando nas recomposições.

Džeko abriu o placar em cobrança de escanteio e, poucos minutos depois, Mkhitaryan ampliou para os Nerazzurri aproveitando um buraco na defesa Rossonera. Os mandantes, não obstante, perderam Bennacer pouco após sofrerem o segundo gol (Junior Messias entrou em seu lugar) e se viram totalmente sem ação durante toda a primeira etapa.



Milan, em 4-4-2 e já sem Bennacer, é "encaixado" pelo 3-5-2 da
Internazionale e não consegue jogar durante todo o primeiro tempo.
Nerazzurri aproveitam a superioridade numérica no meio-de-campo
para travar o rival e também para atacar (obtido via this11.com).



Milan aproveita os minutos iniciais de pose de bola no segundo tempo para adiantar suas linhas e consegue encurralar a Inter. Pioli aproveita o bom momento de seu time e troca o improdutivo Saelemaekers pelo fortão Origi, que consegue boas infiltrações pela esquerda na base da imposição física.

Inzaghi responde trocando Dimarco por De Vrij e alterando a formação para 4-4-2, além de colocar Brozović no lugar de Mkhitaryan para reforçar a marcação no meio-de-campo. Com isso, a Internazionale retoma as rédeas da partida e a estratégia de Pioli vai por água abaixo.



Origi consegue equilibrar o jogo para o Milan mas Inzaghi troca
Dimarco por De Vrij, muda a formação de 3-5-2 para 4-4-2 e
neutraliza a estratégia de Pioli (imagem obtida via this11.com).



Internazionale vence por ter mais elenco e também graças ao treinador Simone Inzaghi, que ousou ao escalar um meio-de-campo mais ofensivo e ainda mexeu bem na equipe justamente no momento quando o rival estava melhor.

Milan parece ter sentido demais a ausência de Rafael Leão. Sem seu atacante, os Rossoneri perderam poder de fogo e também seu principal driblador que poderia furar a retranca rival com alguns improvisos em campo.

Os Rossoneri tinham o mando de campo e também a maioria dos torcedores no estádio mas pouco puderam fazer diante da ótima estratégia de Inzaghi. A vantagem de 2x0 não é irreversível mas será difícil se impor em um ambiente hostil (quando a torcida da Inter estará em maior número) e também diante de um rival que sabe jogar com o regulamento.



Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague




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