sexta-feira, 26 de maio de 2023

Insubstituíveis?

Imagem extraída de www.facebook.com/RealMadrid



Eu costumo deixar comentários em canais de jornalistas esportivos no Youtube e recebo todo tipo de resposta: algumas elogiosas, outras discordantes, há as visivelmente escritas por pessoas que mal leem uma linha inteira do texto e ainda há as ofensivas que eu prontamente denuncio para a plataforma. E um desses replies me ofereceu uma ótima ideia para o post de hoje.

Eu havia comentado em um vídeo que os Merengues sentiam a falta de Casemiro (Tchouaméni ainda não se mostrou totalmente pronto para substituir o brasileiro) quando um internauta me respondeu que mais difícil ainda seria encontrar substitutos para Luka Modrić e Toni Kroos.

Modrić e Kroos são os pilares do Real Madrid desde a temporada 2014-15 quando o alemão foi contratado, enquanto o croata está no clube desde 2012 e assumiu a titularidade no ano seguinte com a saída de Özil. Mesmo passando dos 30 anos, a dupla ainda faz toda a diferença em campo com sua maestria e com seus passes precisos. Não por acaso os dois meio-campistas têm cadeira cativa no time e o clube faz questão de renovar seus respectivos contratos ano após ano.

Um outro motivo pela permanência da dupla é a dificuldade de se encontrar jogadores com suas características nos dias de hoje. Os meias atuais são como Thomas Müller e Kevin de Bruyne, atletas exaltados muito mais pela mobilidade do que pelos passes precisos. Há, inclusive, times que jogam sem armadores de ofício como o Liverpool de Jürgen Klopp ou a Argentina de Lionel Scaloni.



Imagem extraída de www.facebook.com/RealMadrid



Modrić e Kroos se tornaram para o Real Madrid o que Xavi e Iniesta eram para o arquirrival Barcelona na década passada. Em ambos os casos, os times desenvolveram uma dependência absurda em relação aos seus armadores e parte do declínio do arquirrival blaugrana se deveu justamente às dificuldades em se desapegar de seus dois maestros. Não a toa, os catalães demoraram a retomar o prumo quando seus meias deixaram a equipe e a tendência é de que os Merengues tenham o mesmo problema quando seus pensadores se aposentarem.

O Real, obviamente, terá de aprender a jogar sem seus maestros, afinal algum dia Modrić e Kroos não reunirão mais condições físicas e/ou técnicas para atuar em alto nível e esta data não está muito longe visto que o croata já está com 37 anos e o alemão com 33. Se não for possível encontrar substitutos à altura, será necessário desenvolver alguma outra forma de atuação sem os dois meias, o que deve causar um estranhamento (e instabilidade) inicial. É um mal necessário, afinal os jogadores vão mas os clubes ficam e a vida segue.

A resposta deve ser dada na próxima temporada quando o clube passará por uma grande reformulação em seu elenco. Pelo menos até lá, podemos apreciar a maestria de Modrić e Kroos que desafiam a lógica e se mantêm jogando em alto nível apesar da idade. Realmente o autor daquele comentário tinha razão: será difícil imaginar o time sem esses dois meias tão geniais e capazes de rivalizar com a dupla Xavi e Iniesta em seus tempos áureos.



Imagem extraída de www.facebook.com/tonikroos




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