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Corinthians, Flamengo e São Paulo optaram por demitir seus respectivos treinadores já no primeiro semestre mas tiveram escolhas bastante distintas nos sucessores: o Tricolor optou pelo conciliador Dorival Júnior para acalmar o grupo enquanto os outros dois clubes preferiram técnicos mais enérgicos visando tirar seus elencos do "comodismo".
O Flamengo venceu mas ainda não convenceu em seus últimos jogos. Sampaoli não tem se mostrado muito diferente do antecessor Vítor Pereira na escolha dos métodos e ainda tem tido azar com as deficiências no elenco. O Corinthians, por sua vez, precisou trocar duas vezes de treinador o que serviu para tornar o ambiente ainda mais tenso e Vanderlei Luxemburgo ainda não obteve nenhuma vitória desde o seu retorno ao Parque São Jorge.
O São Paulo, diferente dos rivais, vem navegando em mares mais tranquilos e ainda não perdeu desde que Dorival assumiu -são seis vitórias, quatro empates e nenhuma derrota. O entendimento entre treinador e elenco é bom o que permite que o técnico possa realizar "rodízios" ou testes no grupo sem grandes prejuízos.
Não há uma regra quando se lida com seres humanos, tanto que o mesmo Vítor Pereira assumira o Corinthians em meio à temporada 2022 e obtivera bons resultados apesar de sua intransigência. Contudo, o ideal nas crises é sempre buscar por um treinador de perfil conciliador para tranquilizar o elenco.
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Os dirigentes do São Paulo cometeram muitos erros durante os últimos anos mas acertaram em cheio ao contratarem Dorival Júnior. Os resultados a curto prazo são satisfatórios e há perspectivas por melhoras, ao contrário dos concorrentes que optaram por técnicos mais exigentes e seguem convencendo pouco em campo.
Torcedores apreciam os treinadores mais autoritários e que tenham estofo para cobrar os atletas mas se esquecem que os jogadores são o único tipo de funcionário que podem facilmente derrubar um chefe visto que todo um elenco pode se unir e causar a demissão de um técnico. E isto está ainda mais fácil nos dias de hoje visto que os futebolistas estão mais poderosos e melhor assessorados.
Treinadores não devem apenas pensar nos resultados mas também precisam gerir o grupo afinal precisam da colaboração dos jogadores para obterem as vitórias. Sempre há atletas mimados, "paneleiros" ou acomodados mas nos conflitos a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco que é justamente o técnico.
O sucesso de Dorival Júnior no São Paulo e a instabilidade nos concorrentes é a demonstração de que a conciliação ainda é o melhor método para se administrar uma crise. Nada impede que Luxa ou Sampaoli consigam acertar seus time a longo prazo ou que o Tricolor volte a decepcionar, visto que não há uma regra exata para se lidar com seres humanos. Ficou evidente, porém, que nem sempre "dar porrada" no elenco é a melhor solução para os problemas em campo.
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