quarta-feira, 31 de maio de 2023

"Nunca te Rindas"

Imagem extraída de www.facebook.com/EuropaLeague



Olá, leitoras e leitores. O autor não pôde atualizar o blog durante os últimos dias devido a uma viagem. Peço desculpas pela ausência.

"Nunca se renda" foi o lema adotado pelo Sevilla nesta temporada e que combinou perfeitamente com o desfecho. Os andaluzes caíram já na fase de grupos da Champions League, ficaram muito próximos de serem rebaixados no Campeonato Espanhol e mudaram duas vezes de treinador. Os Nervionenses, porém, encontraram na Europa League o cenário perfeito para reagirem e encerraram com chave de outro ao conquistarem o heptacampeonato da competição.

José Luis Mendilibar, desfalcado do suspenso Marcos Acuña, escalou seu time em 4-1-4-1 com Alex Telles no lugar do lateral argentino. José Mourinho, por sua vez, enviou a sua Roma em 3-4-3 com Dybala (voltando de lesão) entre os titulares.

Os Giallorossi tomaram a iniciativa com jogadas pelas pontas e utilizando o atacante Tammy Abraham como pivô ou para abrir os espaços para os companheiros. Os Nervionenses, por sua vez, responderam tocando a bola principalmente pela direita com Navas, Ocampos e Óliver triangulando por aquele lado mas encontravam poucos espaços para circular a pelota.

Os italianos abriram o placar com Dybala após uma falha de Rakitić que perdeu uma bola e cedeu um contra-ataque para os Giallorossi. A Roma, porém, recuou o time cedo demais e tentou controlar o jogo com faltas, além de reclamar em demasia com a arbitragem o que gerou muitos cartões amarelos já no primeiro tempo.

O Sevilla, aos poucos, começou a encontrar os espaços e tomou as rédeas da partida com infiltrações, cruzamentos ou chutes de fora da área. Não conseguiram vazar o goleiro Rui Patrício mas já deixaram evidente de que nunca se subestima os Nervionenses em uma Europa League...



Sevilla, em 4-1-4-1, tenta criar principalmente pela direita
mas não encontra espaços na defesa romana. Roma, em 3-4-3,
ataca pelas pontas e usa Abraham para abrir espaços para os
companheiros (imagem obtida via this11.com).



Mendilibar troca Óliver Torres e Bryan Gil por Suso e Lamela, respectivamente. Com isso, o Sevilla ganha velocidade e consegue incomodar Rui Patrício com mais infiltrações, cruzamentos e chutes de fora da área. Era questão de tempo para que os Rojiblancos empatassem em um lance infeliz do zagueiro Mancini que fez gol contra ao tentar cortar cruzamento de Ocampos.

O jogo foi se tornando mais nervoso com muitas faltas e discussões em campo. O Sevilla conseguiu se impor mas não conseguiu transformar a posse de bola em gols. A Roma, por sua vez, só conseguia responder em cobranças de falta ou de escanteio.

A partida inevitavelmente vai para a prorrogação quando muitos jogadores passaram a sentir o desgaste físico. A igualdade permaneceu até o final do tempo extra e a final seria decidida nos pênaltis mais uma vez.

Bono conseguiu segurar o chute de Mancini e viu Ibañez mandar a sua bola no poste, enquanto o Sevilla consegue aproveitar todas as cobranças. Rui Patrício até conseguiu pegar o pênalti decisivo de Montiel mas estava adiantado e a arbitragem mandou voltar o lance. Em sua segunda chance, o lateral argentino converte e decreta o heptacampeonato dos Nervionenses.



Com as entradas de Lamela e Suso, o Sevilla ganha velocidade e
empata em uma infelicidade de Mancini. Roma tenta controlar o
jogo com faltas ou com a pressão psicológica e só leva perigo
em lances de bola parada (imagem obtida via this11.com).



Sevilla conquista o troféu por "não se render". Nunca deixou de acreditar no resultado nem mesmo com a desvantagem no placar e não caiu no jogo psicológico dos rivais, que se valeram de faltas, cera e provocações.

Roma deixa o título escapar por recuar muito cedo. Deveriam aproveitar a vantagem no placar para tentar ampliar o marcador mas os Giallorossi preferiram deixar as linhas baixas e tentar controlar o jogo com faltas ou com pressão psicológica. O rival, porém, demonstrou uma incrível força mental e, por pouco, não virou a partida. Não obstante, os italianos deram azar com o lance de Mancini.

O Sevilla e a Europa League realmente parecem ter sido feitos um para o outro. Os Nervionenses apresentaram uma reação surpreendente nesta segunda metade da temporada e conquistaram seu sétimo troféu na competição ao superarem adversários com muito mais poder aquisitivo. De quebra, estão salvos do rebaixamento em La Liga e podem pensar em metas mais ousadas para 2023-24.

Nunca te rindas, como o próprio Sevilla ensinou nesta fantástica "remontada".



Imagem extraída de www.facebook.com/EuropaLeague




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