sexta-feira, 19 de maio de 2023

Ah, a Arbitragem...

Gabigol foi flagrado desferindo um pisão em Ganso mas a arbitragem sequer deu
cartão amarelo pelo lance (imagem extraída de www.facebook.com/FlamengoOficial).



Diversas polêmicas envolvendo a arbitragem ocorreram nesta semana. A primeira, durante o domingo em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, o juiz Bruno Arleu de Araújo assinalou um pênalti bastante duvidoso de Rafinha do São Paulo em Wesley do Corinthians. O jogo ainda teve um gol anulado de Calleri por uma falta bastante discutível no lance.

A segunda, e mais grave, ocorreu durante a terça-feira em partida válida pela Copa do Brasil. O atacante Gabigol do Flamengo pisa em Paulo Henrique Ganso do Fluminense. O árbitro Anderson Daronco sequer puniu o jogador pelo lance, que era passível de expulsão, e o VAR sequer foi chamado para revisão.

Houve, ainda, um pênalti assinalado incorretamente contra o Fortaleza na quarta-feira -quem cometeu a falta foi o atacante palmeirense Rony, e não o volante do Leão, Caio Alexandre. Até mesmo o ex-goleiro alviverde, Marcos, discordou da marcação.

Erros de arbitragem já interferiram em resultado de partidas o que acelerou a implantação do VAR no Brasil com apoio da maioria dos clubes que disputam a Série A. Mesmo com auxílio da tecnologia, os juízes seguem cometendo erros. Não obstante, as regras para o uso de tais recursos são extremamente confusas o que cria margem para interpretações dúbias.



O juiz assinalou um pênalti discutível em Wesley no último
domingo (imagem extraída de www.facebook.com/corinthians). 



As soluções já foram amplamente explanadas e debatidas por jornalistas. Uma delas é justamente a profissionalização da arbitragem. Sim, afinal muitos ainda precisam fazer "bicos" para se manterem e nossos juízes (incluindo os operadores do VAR) costumam interferir em demasia nas partidas porque precisam se destacar para serem promovidos o quanto antes, enquanto o correto seria que os homens do apito tivessem de agir o mínimo possível nos jogos.

As comissões de arbitragem também devem ser independentes para que não sofram pressão de clubes ou dirigentes mais influentes. Ademais, os juízes devem ter sua integridade zelada visto que já houve casos de árbitros ameaçados por torcedores e integrantes dos clubes, o que acaba interferindo nas decisões em campo.

Os operadores do VAR, por fim, necessitam de treinamento mais adequado para minimizar os erros nas decisões e também haver agilidade nos processos. A implantação do equipamento foi um fato relativamente recente e mesmo na Europa ainda há equívocos em sua utilização -eu mesmo discordei de algumas decisões em jogos da Champions League. A tecnologia no futebol, porém, é algo irreversível e foi adotada justamente para tornar as partidas mais justas.

Os acontecimentos desta semana não deixam dúvidas: a arbitragem no Brasil ainda comete muitos erros mesmo com a implantação da tecnologia. É necessário que haja mudanças mais profundas ou os juízes continuarão errando e prejudicando o andamento das partidas.



Imagem extraída de www.facebook.com/copadobrasilcbf




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