sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Trilhando o Caminho Difícil

Imagem extraída de https://www.facebook.com/BasqueteCBB



2014 foi o ano em que nosso basquete voltou a ficar em evidência. A disputa dos mundias -o masculino foi realizado na Espanha e o feminino na Turquia- fez com que nossas seleções ganhassem novamente espaço na mídia. Nossos times até chegaram a empolgar com algumas vitórias e ambos conseguiram chegar ao mata-mata, mas a alegria não durou muito. Ainda não foi em 2014 que voltamos aos nossos tempos de glória no basquete.

Nós até formamos bons atletas mas nossos times e jogadores ainda não chegam aos pés dos norte-americanos, que respiram basquete e disputam a toda-poderosa NBA, a liga mais rica da modalidade. Um pouco abaixo estão os espanhóis e as ex-nações socialistas. Tanto é verdade, que o objetivo da Seleção Masculina era apenas a prata, visto que seria virtualmente impossível bater os Estados Unidos em uma eventual final.

O Brasil já viveu seus dias de glórias no basquete, porém as más administrações, falta de investimentos na modalidade e os jejuns de títulos de nossas seleções diminuíram o interesse do brasileiro pela modalidade. Ademais, as emissoras tiraram todo o espaço dos outros esportes em detrimento ao futebol. Por anos o nosso basquete ficou esquecido.

Os mundiais são sempre uma maneira para as modalidades ganharem espaço e divulgação na mídia. E criou-se muita expectativa com relação aos times, em especial, o masculino, que contou com suas estrelas da NBA (Leandrinho, Nenê, Varejão e Tiago Splitter) após anos de desentendimentos entre jogadores e a confederação do pais. Infelizmente, toda a expectativa criada para 2014 não se confirmou e ambas as equipes despediram-se de seus respectivos mundiais sem medalhas. O mundial foi apenas um sonho de uma noite de verão.

O que o basquete precisa para voltar a ser grande no Brasil? Precisamos de dirigentes comprometidos com a modalidade, patrocínio/investimento maciço e, principalmente, espaço na mídia. Se for na televisão aberta, melhor. É dessa forma que o espectador conhece os jogadores (eu não sabia escalar a Seleção Feminina e, tampouco, afirmar que clube as atletas defendiam), cria identificação com os clubes e passa a acompanhar a modalidade.

Como tudo isso dificilmente acontecerá a curto prazo, o basquete brasileiro terá de reconquistar seu espaço pelo caminho difícil. As seleções terão de conquistar títulos mesmo sem o apoio dos órgãos competentes e, com isso, provarem suas próprias existências. Os troféus não garantem investimentos sólidos, mas, ao menos, garantem a divulgação que a mídia não dá ao basquete e também aumenta o interesse do brasileiro pela modalidade, pelo menos até a boa fase dos times passar.

Posso afirmar, contudo, que nem tudo está perdido. Em 2013, nossa Seleção Feminina de Handebol tinha ainda menos apoio e visibilidade que o nosso basquete. Tanto que apenas o canal Esporte Interativo exibiu o mundial realizado na Sérvia. Com o inédito e surpreendente título, o handebol brasileiro ganhou visibilidade e o Brasil passou a prestar mais atenção na modalidade. Os investimentos ainda são modestos, mas a situação de nosso hand já é bem melhor que em épocas anteriores.

Quem sabe o basquete não consiga trilhar o mesmo caminho e nossas participações em mundiais sejam em busca de medalhas, e não meramente chegar ao mata-mata.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/BasqueteCBB



JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS

O Timão se classificou sem grandes dificuldades para a fase de grupos da Libertadores, mas o atacante Paolo Guerrero levou uma suspensão pesada (três partidas) após ter sido expulso no jogo de ida. Tudo porque o peruano revidou uma falta sofrida e o atleta passou de vítima para infrator. Há quatro anos atrás, por coincidência, o conterrâneo Cahchito Ramirez também foi expulso contra o Tolima nos playoffs da Libertadores pelo mesmo motivo. O técnico Tite precisa trabalhar muito bem o lado psicológico do peruano (que já tem outras agressões no histórico) para que não reaja às provocações e agressões dos rivais mesmo que a arbitragem erre contra o Corinthians, ou o atacante vai prejudicar a própria equipe. É preciso deixar claro que não se deve fazer justiça com as próprias mãos e deixar as punições a cargo dos órgãos competentes. O melhor e mais inteligente é dar a resposta na bola, fazendo muitos dribles e gols nos rivais.



VOLTA, NEY!

Ao que tudo indica, Alexandre Gallo não permanecerá à frente da Seleção Brasileira Sub-20. O desempenho ruim no Sul-Americano da categoria e o futebol pífio apresentado pesaram contra o treinador. Os cartolas da CBF já estariam trabalhando com alguns nomes para substituir Gallo. Eu gostaria de trazer um treinador estrangeiro de renome para o cargo. Os ideais, seriam técnicos como Guardiola e Arsène Wenger, que gostam de futebol bonito e trabalham muito bem com garotos), mas me contento com o retorno de Ney Franco, que fez um excelente trabalho em 2011 com dois títulos conquistados (o Sul-Americano e o Mundial da categoria) e com um bom futebol. Narciso é um nome que também me agrada com seus bons trabalhos nas bases do Santos e Corinthians.



QUEM TE VIU, QUEM TE VÊ...

Depois de Luis Suárez, outro jogador foi acusado de morder um rival na Inglaterra. O lateral Branislav Ivanović, do Chelsea, teria mordido o volante James_McCarthy, do Everton, no jogo entre as duas equipes, realizado na última quarta-feira e vencido pelos Blues. Detalhe: Ivanović havia sido mordido por Suárez em 2013. O sérvio, em princípio, não será punido pela federação local, mas se Ivanović realmente tiver mordido McCarthy, ele merece um castigo realmente pesado, pois ele sabe muito bem como é ser vítima desse tipo de agressão.


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