sábado, 7 de fevereiro de 2015

O Futebol Mostra o Islã que o Brasil Não Vê

Imagem extraída do Facebook oficial de Edin Džeko- https://www.facebook.com/edindzeko



Eu venho seguindo jogadores e times (incluindo algumas seleções) de todas as partes do mundo através das redes sociais. Muito mais do que receber notícias e imagens de jogadores, eu estou tendo contato com as diferentes culturas ao redor do mundo, incluindo os idiomas de outros países e as religiões praticadas pelos atletas graças ao Facebook e ao Twitter.

Sigo vários jogadores muçulmanos -ou que se declaram muçulmanos- incluindo Xherdan Shaqiri, Mesut Özil, Karim Benzema, Hatem Ben Arfa, Miralem Pjanić e Edin Džeko. Graças a eles, eu estou descobrindo como o islamismo é fascinante.

Foi graças a todos esses jogadores que conheci o islamismo mais de perto. Pude compreender, ao menos em parte, como a religião é professada, bem como alguns de suas tradições e datas comemorativas. Acho fascinante quando um atleta muçulmano comemora um gol fazendo uma prece e demonstrando toda a sua devoção em campo.

Os veículos de imprensa, em sua busca por audiência ou pela venda de periódicos, quase sempre destacam apenas aspectos negativos a respeito da religião ou, pior ainda, oferecem coberturas parciais dos fatos fazendo com que o Islã pareça ser algo nocivo às pessoas, impulsionados pelos recentes incidentes.

As consequências disto tudo aparecem quando se lê notícias de muçulmanos sendo agredidos ou hostilizados aqui no Brasil, como vemos nos links ao final desta resenha. Oras, o Brasil, em teoria, é um Estado laico e, segundo a Constituição, todos nós temos a liberdade de professar a religião que bem entendermos, e isso inclui o islamismo. Preconceito contra uma religião é criminoso e é tão nocivo quanto discriminação contra etnias, condição social ou opção sexual.

Neste cenário triste, vejo no esporte uma esperança para que todo esse ódio e preconceito tenha um final definitivo. Muitos atletas muçulmanos vêm fazendo sucesso pelo mundo, como o atacante Benzema (que faturou a Champions League e o Mundial Interclubes pelo Real Madrid) e o meia Özil (que venceu a Copa do Mundo pela Seleção Alemã).

Estes atletas podem e devem utilizar sua fama para divulgar sua fé. Seria uma maneira de conscientizar as pessoas a respeito do que realmente é o islamismo e também de combater o preconceito contra a religião.

Jogadores como Džeko vêm me esclarecendo tudo o que muitos veículos de imprensa do Brasil não mostram: o quanto o islamismo é fascinante e como seus praticantes são seres humanos como cada um de nós. Será que eles também podem ajudar mais brasileiros a descobrirem esse mundo fascinante?



Imagem extraída do Facebook oficial de Xherdan Shaqiri- https://www.facebook.com/XS1991



Leia mais:


Ig- Repórter do iG se passa por muçulmana e flagra reações nas ruas. 'É carnaval?': http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2015-01-26/reporter-do-ig-se-passa-por-muculmana-e-flagra-reacoes-nas-ruas-e-carnaval.html




A CULPA TAMBÉM É DO TORCEDOR

Seria um absurdo um jogo da magnitude entre Corinthians e Palmeiras com torcida única. Se fosse um campeonato de turno, returno e com acordo prévio entre os dois clubes (como acontece nos jogos entre Sérvia e Croácia) seria compreensível, mas não é o caso. O clássico tem que ter as duas torcidas e é direito do torcedor ir ao estádio apoiar o seu time do coração. Sabe-se, no entanto, que certos torcedores brigões tiveram grande parcela de culpa para que a Federação Paulista de Futebol tomasse, inicialmente, a decisão de haver torcida única no clássico.



VALEU O SUSTO

Molico e Unilever se classificaram para o mata-mata do Sul-Americano Feminino de Vôlei sem grandes dificuldades e só cumpririam tabela no jogo de ontem. Mas o San Martín de Porres e o Villa Dora deram uma verdadeira canseira nos times brasileiros e lutaram pelo resultado até o final. A dedicação de peruanas e argentinas serviu para conscientizar os times brasileiros que não será fácil chegar à final ainda que o nosso vôlei seja o melhor da América do Sul. Molico e Unilever são boas equipes, mas precisam manter a humildade e a concentração para evitarem o salto alto. Hoje, o Molico enfrenta o Villa Dora, enquanto o Unilever enfrenta o San Martín em partidas válidas pelas semifinais da competição.


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