quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O Certo que Deu Errado

Imagem extraída de https://www.facebook.com/AfricaCupOfNationsOfficial



Minha torcida na Copa Africana de Nações vai para Gana por ser a equipe cujo futebol eu mais aprecio e também porque eu gosto do time. Eu, no entanto, torci para que o Senegal fizesse uma boa campanha e tivesse algum sucesso na competição.

Sou fã dos Leões de Teranga desde 2002 -sim, já fui um torcedor modinha- quando aquela geração formada por El Hadji Diouf, Henri Camara, Souleymane Camara e o finado treinador Bruno Metsu (ainda quero fazer um texto em homenagem a ele) surpreendeu na Copa do Mundo daquele ano. Na ocasião, o Senegal derrotou a então campeã França logo em sua estréia e chegou até as quartas-de-final, tendo parado na Turquia. Os senegaleses ainda conseguiram levar a partida à prorrogação, mas os turcos acabaram levando a melhor.

Desde então, o Senegal nunca conseguiu repetir o bom desempenho de 2002, tampouco se classificaram para algum outro mundial. Os Leões de Teranga bateram na trave nas eliminatórias para a Copa 2006 (quando ficaram apenas dois pontos atrás do Togo de Adebayor) e para Copa 2014 (quando foram eliminados pela Costa do Marfim de Drogba na fase final). Na Copa Africana de Nações, o retrospecto também não tem sido muito animador, com os senegaleses não conseguindo participar das edições de 2010 e 2013. O melhor que conseguiram nesse período foi um quarto lugar em 2006.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/AfricaCupOfNationsOfficial



Esforço para voltar aos seus dias de glória nunca faltou aos senegaleses. Os dirigentes trouxeram Alain Giresse para comandar a equipe em 2013. Giresse foi um dos maiores jogadores da França, tendo feito parte da geração de 1984, quando ele conquistou a Euro daquele ano, junto de Platini, Fernández e Tigana. Ou seja, o técnico tinha vivência de sobra para montar uma boa equipe e transmitir bons ensinamentos aos jogadores.

Some isso a uma boa geração de jogadores, incluindo Moussa Sow (foto acima), Papiss Cissé, Idrissa Gueye e Sadio Mané -o atacante Demba Ba, surpreendentemente, foi cortado da lista final- todos atletas de renome. O futebol praticado também foi bom de modo geral, com a equipe atuando no ataque e tendo volume de jogo, embora tenha abusando um pouco da força. O time também teve méritos ao jogar sem abusar do individualismo.

O Senegal havia feito tudo certo para que a equipe pudesse fazer uma boa campanha na CAN 2015 e, quiçá, lutar pelo título. O que, então, poderia dar errado?

O azar dos senegaleses começou já no sorteio para a fase de grupos. Como a equipe não estava bem no ranking das seleções, o Senegal não pode ser cabeça-de-chave e acabou caindo em um grupo difícil, composto por Gana, Argélia e África do Sul. A vitória inicial sobre a forte Gana aparentava que os senegaleses iriam longe na CAN 2015. Mas tudo acabou após o empate com a África do Sul e a derrota para a Argélia. Com a eliminação ainda na fase de grupos, Alain Giresse deixou o comando dos Leões de Teranga.

O Senegal está de volta à incerteza. A equipe havia apostado em um caminho que era considerado "certo". Apostar em um treinador com vivência em campo e em suas estrelas. O azar e as dificuldades em dar continuidade à equipe impediram, mais uma vez, que os Leões de Teranga voltassem ao estrelato. É realmente uma pena.



Imagem extraída de https://www.facebook.com/AfricaCupOfNationsOfficial



ELEFANTES NA FINAL

A Costa do Marfim derrotou a República Democrática do Congo em uma partida de nível técnico razoável e terá a chance de reaver o título da CAF, o que não acontece desde 1992. Prevaleceram os talentos individuais dos marfinenses, que possuem laterais que marcam e apoiam bem, contam com a leveza do atacante Gervinho e têm a criatividade do volante Yaya Touré a seu favor. Os Elefantes, em geral, jogam bem, mas precisam maneirar nas divididas -o saldo do jogo foram muitas faltas cometidas e quatro cartões amarelos para os marfinenses no jogo de ontem.



MENINOS GOLEIAM MAS NÃO EMPOLGAM

A Seleção Brasileira Sub-20 goleou o fraco Peru por 5x0 mas ainda não convenceu em campo. A equipe é muito aplicada e esforçada, mas se notabiliza muito mais pela força física do que pelo talento. Nosso futebol está perdendo sua alegria e essência em detrimento aos músculos e à estatura dos jogadores. Precisamos recuperar o nosso verdadeiro futebol, e isso deve começar já nas bases, seja nos clubes, seja na própria Seleção.



O NOSSO VÔLEI MOSTRA SUA FORÇA

O Molico e o Unilever não tomaram conhecimento das adversárias em suas partidas de ontem e fecharam em 3x0 sets sem grandes dificuldades. O time de Osasco fechou com parciais de 25/4, 25/9 e 25/8 sobre o Bohemios do Uruguai, enquanto as cariocas fizeram 25/17, 25/9 e 25/11 no Aragua da Venezuela. A superioridade do vôlei brasileiro sobre os vizinhos foi gritante ao analisarmos os placares, mas as equipes não devem baixar a guarda, afinal a prepotência é um erro fatal para todos os times.


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