quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

As Crianças de Löw

Imagem extraída de https://www.facebook.com/DFBTeam/



Eu sempre tenho muita expectativa com relação às convocações do treinador da Seleção Alemã, Joachim Löw (foto acima). Ele sempre oferece espaço para que os jogadores mais jovens possam exibir seus talentos na Mannschaft e não tem pudores de fazer experiências em campo.

Fiz muitas críticas ao trabalho de Löw em 2014 apesar de apreciar muito seu time e seu estilo de jogo. Löw embarcou na ideia de Guardiola ao escalar Phillip Lahm no meio-de-campo e transformou o melhor lateral do mundo em um volante comum. Além disso, não entendi para que deslocar o bom zagueiro Höwedes para a lateral esquerda (ele cometeu algumas trapalhadas na Copa) e improvisar o grande armador Özil como winger. Nada é perfeito, não é mesmo?

O que eu mais aprecio no trabalho de Löw é o fato dele convocar jovens jogadores independente da grandeza da equipe. O treinador encontrou o zagueiro Shkodran Mustafi (foto abaixo) na modesta Sampdoria em 2014. E o colocou para jogar como titular na Copa. Nem o próprio Mustafi lavava muita fé na possibilidade de jogar pelo time principal da Mannschaft. Tanto que ele até estava cogitando em se naturalizar albanês para ter a chance de defender uma seleção. Detalhe: Mustafi jamais jogou profissionalmente na Alemanha. Ele foi revelado pelo Everton (time da Inglaterra), passou pela Sampdoria (da Itália) e atualmente está no Valencia (Espanha).



Imagem extraída do Facebook oficial de Shkodran Mustafi-
https://www.facebook.com/shkodran.mustafi.official.fan.page/



Löw convocou outros "jovens desconhecidos" para a Copa de 2014, incluindo Christoph Kramer, Mathias Gintter, Julian Draxle e Eric Durm. Todos estavam com idade inferior a 24 anos na época. Natural para quem levou Özil, Badstuber, Khedira, Kroos e Müller para jogar a Copa de 2010 quando estavam todos tinham aproximadamente 20 anos. Como nós vimos há cinco anos atrás, muitos foram titulares e fizeram bonito na África do Sul apesar da juventude.

O treinador continua fiel ao seu estilo e segue renovando a Seleção Alemã ao invés de se acomodar com uma base já estabelecida. Suas última experiências foram Sebastian Rudy, Karim Bellarabi, Antonio Rüdiger, Kevin Volland, Jonas Hector e Robin Knoche. Sempre leio notícias a respeito da Bundesliga, mas eu não tinha nenhum conhecimento a respeito deles há até pouco tempo atrás. Tudo feito visando o futuro da Mannschaft.

Em breve, o treinador divulgará novas listas de convocados para as Eliminatórias da Euro 2016. Fico esperando por mais surpresas. Quais "jovens desconhecidos" terão o direito de defender a Alemanha e galgar uma vaga na seleção em algum futuro próximo? Valmir Sulejmani? Emre Can? Mitchell Weiser? Jan Kirchhoff?

Para quem "descobriu" Mustafi em uma equipe considerada "secundária" na Itália, não será nenhuma surpresa se alguns desses nomes surgir para os amistosos de março.



Imagem extraída do Facebook oficial de Shkodran Mustafi-
https://www.facebook.com/shkodran.mustafi.official.fan.page/



DONO DA CASA E DA BOLA


São Paulo no 4-2-3-1 "torto", como dizia André Rocha da ESPN:
os uruguaios não tiraram proveito da marcação adiantada do
Tricolor e deram espaços para os jogadores são paulinos atacarem.
Ganso não deu nenhuma assistência, mas se movimentou bastante
em campo e até deu desarmes (obtido via this11.com).

Acompanhei o jogo do meu São Paulo contra o fraco Danubio e me diverti com o futebol praticado pelo Tricolor. O São Paulo envolveu os uruguaios com seu toque de bola no Morumbi e goleou os rivais, com destaque para Pato que anotou dois dos quatro tentos marcados. E poderia ter sido mais se o time da casa não tivesse sido tão afobado em alguns lances. O Tricolor voltou a jogar em sua formação "ideal" com Michel Bastos atuando como winger esquerdo, Pato centralizado e Luis Fabiano mais aberto na direita. Ponto negativo para o volante Denílson, que continua muito faltoso. Muricy precisa ficar de olho nele, ou o meio-campista pode deixar o São Paulo na mão com sua truculência.



SÓ O BARÇA SALVOU

Dos times que praticam o futebol de posse de bola, só o Barcelona venceu na rodada da Champions League. O Borussia Dortmund e o Arsenal sucumbiram diante dos retranqueiros Juventus e Monaco, respectivamente. Há o jogo de volta, mas é uma tristeza ver equipes de pouca ousadia prevalecendo sobre as que jogam no ataque. O futebol perde muito com isso.



FERRADURA ALEMÃ


O 4-2-3-1 do Bayer contra o 4-4-2 do Atlético: destaque para a
movimentação de Çalhanoğlu, que desarrumou a defesa espanhola
e foi premiado com o gol da partida. Sem Koke e com Arda Turan
improvisado na esquerda, O Atlético não foi muito efetivo no
ataque (imagem obtida via this11.com).

O Bayer Leverkusen tem bons jogadores do meio-de-campo para a frente -Kiessling, Drmić, Bellarabi, Heung-Min e Çalhanoğlu. Mas o restante do time foi uma tristeza. Os zagueiros estavam fazendo "rodízio de faltas" nos jogadores do Atlético de Madrid. O que bateram no Mandžukić não foi brincadeira. Várias faltas cometidas pelos alemães eram dignas de expulsão, mas o juiz aplicava apenas amarelos e isso foi enervando os Rojiblancos. Dois jogadores do Atlético, Saul e Guilherme Siqueira, deixaram o gramado ainda no primeiro tempo por lesão tamanha a deslealdade do Leverkusen.

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