Que VARgonha!

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Juninho havia acabado de realizar seu sonho. Após anos dando duro em seu trabalho a troco de um salário mínimo, ele havia comprado seu primeiro carro -usado e através de um conhecido que lhe prometera um bom preço e boas condições de venda. O veículo apresentava alguns rangidos na roda dianteira direita, o motor fazia barulhos estranhos e o valor pago estava um pouco abaixo da tabela. Mas quem liga? Parecia ser um ótimo negócio.

Um dia, Juninho estava levando a esposa e as duas filhas para viajar e comemorar a aquisição do carro. Porém, o veículo apresenta uma pane e é obrigado a encostar em um trecho deserto da Rodovia Raposo Tavares. Por sorte uma viatura da polícia militar passava por perto e prestou socorro a Juninho. O bólido, porém, estava com o motor fundido e a suspensão direita estava condenada. Não obstante, o policial constata que a máquina era produto de roubo e Juninho foi conduzido à delegacia por suspeita de receptação.

Substitua agora a personagem "Juninho" pela nossa arbitragem, o carro adquirido pelo VAR e a viagem na Raposo Tavares pelo jogo "Vasco X Internacional" válido pela 36ª rodada do Campeonato Brasileiro.

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Os árbitros, por negligência ou mero acidente, não verificaram as condições do equipamento antes do jogo. Rodrigo Dourado, após cobrança de falta, abre o placar para o Colorado aos 9 minutos do primeiro tempo. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza requisita verificação do VAR para averiguar possíveis irregularidades no gol do volante.

O equipamento, para a surpresa de todos, não fornece nenhuma resposta conclusiva por mau posicionamento da câmera. São quase cinco minutos de apreensão até que o árbitro decide validar o tento de Dourado devido aos problemas com o VAR, levando à revolta dos vascaínos.

O descaso dos árbitros com o VAR causou um problema gigantesco para todos, sobretudo para Internacional e Vasco que viviam um momento decisivo no Brasileirão, com o Colorado brigando pelo troféu e o Cruzmaltino lutando contra o rebaixamento.

A arbitragem brasileira tem conseguido desmoralizar o VAR, seja por incompetência ou negligência. E o pior: o destino de duas equipes pode ter sido injustamente selado com a falha. Mesmo os jornalistas divergem se Dourado estava impedido ou não no lance mencionado. 

Todo um campeonato pode ter sido comprometido pelo descaso com o equipamento, assim como a viagem e a vida da personagem Juninho foi comprometida por sua imprudência.

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