quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Seis Coisas que Aprendi Torcendo para o Arsenal

Imagem extraída de www.facebook.com/Arsenal



Quem lê meu blog desde os princípios lá em 2013 sabe que tenho simpatia pelo Arsenal. Me interessei pelo time em 2011 (ironicamente após os Gunners serem eliminados pelo Barcelona na Champions League daquele ano) e passei a acompanhar a rotina do clube através das redes sociais. E, claro, me encantei com o futebol praticado pelos londrinos, com muita posse de bola e trabalho coletivo.

Não acompanhei, infelizmente, a era de ouro do Arsenal que ocorreu justamente durante a década anterior. Perdi a consagração dos Invincibles (a equipe que conquistou a Premier League em 2004 sem sofrer uma derrota) e o vice-campeonato da Champions em 2006, quando os ingleses foram derrotados pelo Barcelona em uma partida com uma arbitragem bastante controversa.

Muito da minha personalidade aqui no blog foi moldada pelos anos acompanhando o Arsenal. Gosto de muitos times e torço para eles pelos mais variados motivos, mas foi com os Gunners que eu obtive as lições mais valiosas no futebol. E aplico quase todas elas em meu texto.



A conquista da Premier League sem derrotas foi o maior feito na
história do Arsenal (imagem extraída de www.facebook.com/Arsenal)



1- FASES BOAS VÊM E VÃO: o Arsenal foi considerado um time de excelência durante a primeira metade da década de 2000 pelos seus feitos. Aquela boa fase, porém, foi embora durante a segunda metade e o time não apenas deixou de ganhar títulos como também passou a ter metas bem mais modestas durante as temporadas seguintes: garantir vaga na Champions para valorizar jogadores e depois negociá-los. Tudo para manter as contas em ordem e também por um motivo a ser explicado no tópico a seguir. O bom momento das equipes não é eterno mas muitos parecem não ter consciência disto e agem com uma prepotência repugnante, exatamente como alguns torcedores e dirigentes fazem por aqui só porque ganharam uma Libertadores ou Mundial de Clubes.



A construção do Emirates Stadium demandou muitos recursos
do Arsenal (imagem extraída de www.facebook.com/Arsenal)



2-GRANDES INVESTIMENTOS, GRANDES RESPONSABILIDADES: uma das maiores conquistas do Arsenal foi trocar o velho Highbury pelo moderníssimo Emirates Stadium. A mudança, porém, obrigou que recursos financeiros do clube, incluindo o futebol, fossem realocados para o pagamento da arena, mesmo com a venda dos naming rights para a empresa de aviação Emirates. Bem diferente de dirigentes daqui que comprometem todo o orçamento do clube para trazerem medalhões com o mero propósito de esnobar rivais. E ainda há torcedores alienados que acham o máximo.



O fato de Henry ter se transferido para o Barcelona não diminuiu sua
idolatria em Londres (imagem extraída de www.facebook.com/Arsenal)



3- ÍDOLOS TAMBÉM SÃO PROFISSIONAIS: Van Persie, Fàbregas, Vermaelen, ... O torcedor se cansou de ver ídolos e capitães irem embora para rivais mais endinheirados. A própria necessidade do Arsenal em fazer caixa obrigou a instituição a negociar seus grandes jogadores. O caso mais icônico foi de Thierry Henry, maior ídolo da história do clube, que acertou com o Barcelona em 2007. A idolatria pelo francês, porém, permaneceu entre os fãs. A maior prova disto? O atacante recebeu uma estátua bem em frente ao Emirates Stadium em 2011, quatro anos após deixar a entidade. Atletas criam identificação com os times, mas também são profissionais e precisam progredir na carreira.



O torcedor precisou esperar nove anos para rever cenas
como esta (imagem extraída de www.facebook.com/Arsenal)



5- TÍTULOS NÃO SÃO TUDO: o Arsenal, durante este período de austeridade, precisou abrir mão até mesmo do futebol e, com isso, os títulos minguaram. O torcedor foi obrigado a tolerar um jejum de quase dez anos (de 2005 a 2014) sem conquistar um troféu. Ademais, os Gunners jamais conquistaram uma Champions League ou uma Europa League. Isto, porém, jamais diminuiu a grandeza do clube.



Arsène Wenger dirigiu o Arsenal entre 1996 e 2018
(imagem extraída de www.facebook.com/Arsenal)



6- ESTABILIDADE É IMPORTANTE, MAS NEM TANTO: a maioria dos treinadores daqui certamente tem inveja de Arsène Wenger, um dos técnicos mais longevos na história do futebol, tendo comandado o Arsenal durante 22 anos/temporadas. Números impressionantes até mesmo na Inglaterra. É fato que a estabilidade foi necessária para que o francês tivesse sucesso à frente dos Gunners, mas também é fato que o comandante já se mostrava obsoleto e acomodado durante alguns momentos em seus últimos anos de banco.



Imagem extraída de www.facebook.com/Arsenal




Nenhum comentário:

Postar um comentário