sexta-feira, 21 de maio de 2021

Alinhamento

Imagem extraída de www.facebook.com/Gremio



O Corinthians tentou, mas a relação entre Timão e Renato Gaúcho não passou de namoro. O clube investiu forte no ex-treinador do Grêmio para substituir Vagner Mancini mas o técnico optou por continuar desfrutando de suas férias neste momento. O Coringão, por sua vez, segue na busca por um novo comandante para a sequencia da temporada.

Dirigentes corinthianos desejavam Renato Gaúcho por uma série de razões: é um treinador experiente, vitorioso, ambicioso (ele sonha em assumir a Seleção Brasileira no próximo ciclo), adota um estilo moderno de futebol e é um nome de impacto, o que ajudaria a desviar um pouco o foco das eliminações recentes.

Renato, porém, é um treinador caro e exige reforços para que seu time possa não apenas lutar pelos troféus mas também bater de frente com os milionários Palmeiras e Flamengo. O Corinthians, com dívidas beirando R$ 1 bilhão, não poderia arcar com todos os pedidos do técnico. O comandante que assumir teria de utilizar a base do clube ou se contentar com contratações modestas.

Não acredito, ademais, que Renato fosse o treinador ideal para o Corinthians para o momento: ele é muito paternalista e dificilmente promoveria mudanças radicais no elenco enquanto o Timão necessita de uma revolução no grupo. Ademais, o técnico é conhecido pela fanfarronice, algo que os torcedores do clube jamais compactuaram.



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O Corinthians necessita de um treinador alinhado com a realidade do clube. Não há como obter ou manter grandes reforços, jogadores importantes terão de ser vendidos para evitar novos atrasos nos pagamentos e o uso das categorias de base será uma necessidade. O novo técnico, ademais, terá de promover uma renovação no elenco visto que os veteranos não vêm mais entregando a intensidade necessária no futebol atual. O próprio Vagner Mancini havia percebido isso e passou a barrar nomes como Gil, Fábio Santos e Jô.

A recusa de Renato fez com que treinadores voltassem a ter seus nomes ventilados no Parque São Jorge: Dorival Júnior, Lisca, Fábio Carille, Antônio Carlos Zago, ... Estrangeiros também passaram a ser mencionados por jornalistas, em especial o uruguaio Diego Aguirre, ex-Internacional, Atlético Mineiro e São Paulo.

O próximo treinador, independente de quem for, terá de montar um grupo competitivo com os poucos recursos disponíveis. Não há como montar os esquadrões vencedores da década passada, pelo menos não a curto prazo.



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