sexta-feira, 14 de maio de 2021

Medo e Paternalismo

Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



Uma mistura de medo e paternalismo. Assim interpretei a convocação de Tite para os jogos contra o Equador (a ser realizado dia 4 de junho em Porto Alegre) e Paraguai (dia 8 de junho em Assunção), ambos válidos pelas Eliminatórias da Copa do Mundo 2022.

"Medo" porque Tite visivelmente teme perder seu emprego e a lista teve poucas novidades, mostrando que o treinador não deseja fazer experiências sob o risco de obter um mau resultado e, com isso, voltar a ser questionado no cargo. "Paternalismo" porque o técnico ainda mantém o apego à geração que fracassou na Copa da Rússia em 2018.

Há o aspecto positivo na convocação de Tite: as seleções possuem menos tempo para treinar em relação aos clubes e, com uma base já estabelecida, a equipe já entra em campo com entrosamento e padrão de jogo.

A Seleção, porém, pode chegar a 2022 sem opções em caso de desfalques, além de estar "manjada" pelos rivais. Seria importante que o treinador testasse mais jogadores para cobrir eventuais baixas e surpreender adversários que sabem que um dos pontos fracos do Brasil é anular o atacante Neymar.



Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



Tite deveria sair de sua zona de conforto e ousar em busca de resultados a longo prazo ainda que que isto significasse sair derrotado em algumas partidas. Poderia oferecer quilometragem a atletas que ainda estão "verdes" neste momento mas que poderiam chegar "maduros" em 2022.

Ele sabe, porém, que a pressão pelo hexa vem aumentando com o jejum do Brasil em Copas do Mundo, seja por parte de seus chefes, de torcedores e da imprensa. Basta um empate para que o treinador volte a ser questionado no cargo ainda que nossa Seleção possa se dar ao luxo de perder alguns pontos na Eliminatória.

Há, ainda, os problemas internos na CBF onde o presidente, Rogério Caboclo, pode cair e Tite poderia ir junto. O treinador, portanto, precisa de resultados mais do que nunca para provar que merece seguir no cargo caso haja alguma mudança na presidência da entidade.

A situação do Brasil é confortável nas Eliminatórias -doze pontos em quatro jogos disputados e 100% de aproveitamento até o momento- e os próximos adversários não são muito tradicionais, apesar de estarem bem colocados na tabela.

Tite, porém, sabe que está pressionado somando-se o fracasso na Copa 2018, a impaciência dos fãs e a crise na CBF. Ele precisa vencer a qualquer custo para sobreviver no cargo e, por isso, prefere fazer apostas consideradas "seguras". E a Seleção Brasileira só perde com isso, visto que pode pagar o preço a longo prazo, mais precisamente em 2022.



Imagem extraída de www.facebook.com/CBF



VERGONHA!

A CONMEBOL deu um exemplo de desumanidade nesta semana. Dois jogos válidos pela 4ª rodada da Libertadores (Junior X River Plate e America de Cali X Atlético Mineiro) foram realizados em solo colombiano a despeito do país viver uma onda de protestos que já custou as vidas de quase cinquenta pessoas. As bombas de gás lacrimogêneo utilizadas para conter os manifestantes também atingiram os jogadores mas a ordem dada aos árbitros era que as partidas continuassem. Será que algum atleta precisa morrer para a entidade entender a gravidade da situação?



VALEU, PISZCZEK!

O Borussia Dortmund bateu o Red Bull Leipzig na final da DFB Pokal (4x1, com dois gols de Sancho e Haaland para os Aurinegros e Olmo descontando) e faturou o penta na competição. A festa, porém, ficou por conta do lateral Lukasz Piszczek que está se despedindo dos Schwarzgelben após onze temporadas. O polonês anunciou que irá se aposentar ao término da temporada e, com o título, fecha sua carreira com chave de ouro.




Nenhum comentário:

Postar um comentário