quarta-feira, 5 de maio de 2021

Faltou Feijão

Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague



Quase uma reprise da semana passada. O Real Madrid, apesar do elenco mais estrelado, não teve pernas para superar a intensidade e a força física do Chelsea. Os ingleses estão na final com justiça e enfrentarão o Manchester City em Istambul no final do mês. Aos espanhóis, resta tentar uma reação em La Liga e terminar a temporada com pelo menos um troféu.

Zidane, com Mendy e Hazard à disposição, armou um time mais ofensivo para buscar o resultado. O Real adiantou suas linhas, recuou Casemiro para liberar os laterais, tentou utilizar seus pontas e teve um meio-de-campo mais participativo.

Thomas Tuchel, por sua vez, preparou seu time para segurar o ímpeto Merengue e contra-atacar no desespero adversário. O Chelsea ocupou todo o campo para travar o Real Madrid. Hazard e Benzema receberam atenção especial e, praticamente, não conseguiram jogar.

O Real praticamente não tinha espaço para arrancadas -apenas Vini Jr. e Militão pela direita conseguiam chegar à linha de fundo. Os espanhóis tentavam trocar passes em busca de alguma brecha, mas os ingleses estavam por toda a parte. Apenas os chutes de fora da área obrigavam o goleiro Mendy a trabalhar.

As subidas do Real em busca do resultado ofereciam os espaços para o Chelsea contra-atacar e Timo Werner não perdoou em uma dessas oportunidades.



Chelsea em 3-4-3 preenche os espaços, imobiliza o Real e
articula contra-ataques com Kanté e Jorginho buscando os
atacantes. Espanhóis em 4-3-3/3-4-3 (com Casemiro recuando
para liberar os laterais) não encontra espaços e só consegue levar
algum perigo com Vini Jr. pela direita ou com chutes fora da
área com Modrić e Kroos (imagem obtida de this11.com)



Restou ao Real ir para o "tudo ou nada". Merengues adiantam suas linhas, trocam passes e forçam jogadas, mas sem sucesso. O Chelsea, mais intenso e com jogadores mais fortes, continuam ocupando todos os espaços e impedem os espanhóis de jogar.

Espanhóis perdem na corrida para os ingleses em todos os lances. O Chelsea não tem dificuldades em aproveitar o espaço às costas da zaga Merengue mas pede muitas chances. O Real ainda tenta desestabilizar os rivais na base da catimba com Nacho e Ramos, mas sem sucesso. Quase ao final da segunda etapa, Mason Mount, finalmente, consegue vazar o goleiro Courtois e dar números finais à partida.



Real vai pra cima mas o Chelsea consegue se impor fisicamente.
E ainda consegue aproveitar os espaços às costas da zaga
Merengue (imagem obtida de this11.com)



Chelsea vai à terceira final de sua história e tem a chance de obter o bicampeonato na Champions após nove anos. Real se despede da competição e demonstrando claramente que o elenco multicampeão já apresenta sinais de cansaço, clamando por renovação.

Os dois jogos entre Chelsea e Real deixaram evidente a importância da parte física em campo. Os espanhóis possuíam um elenco visivelmente mais talentoso e com mais recursos técnicos, mas muitos de seus jogadores já estão envelhecidos e suas jogadas já estão manjadas pelos rivais.

O Chelsea esbanjou intensidade durante todos os noventa minutos. Os Blues pareciam estar em todas as partes do campo o tempo todo tamanha a velocidade e vigor físico de seus atletas. A pressão e a recomposição inglesa foram facilitadas pela lentidão adversária.

Chelsea e Manchester City farão uma final inglesa em Istambul. Os dois "novos ricos" terão a oportunidade de consagrar seus respectivos projetos. Os Blues têm o histórico ao seu favor por terem vencido a competição em 2012 mas os Citizen têm o multicampeão Guardiola a seu favor. Quem será o melhor? Descobriremos na Turquia no dia 29 de maio.



Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague




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