sábado, 29 de maio de 2021

Tudo Azul?

Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague



Hoje, enfim, termina a temporada 2020-21 na Europa com a final da Champions League entre Manchester City e Chelsea, dois clubes que possuem muitas semelhanças: ambos utilizam uniformes azuis, ambos são ingleses, ambos pertencem a magnatas e ambos buscam o troféu para se sagrarem de vez na elite do futebol.

O Chelsea está em sua terceira final na competição (esteve presente nas edições 2007-08 e 2011-12) e vai em busca de seu segundo troféu na Champions -faturou o primeiro em 2012. O City, por sua vez, estará pela primeira vez na grande decisão e lutará pela sua primeira taça internacional.

A esperança do City está no banco de reservas, o treinador Josep Guardiola. O catalão já venceu a Champions League três vezes pelo Barcelona sendo uma como jogador (em 1992) e duas como técnico (2009 e 2011). O comandante, porém, ainda não teve êxito em erguer a "Orelhuda" por outros clubes e esta será sua primeira final fora do clube Blaugrana.

Guardiola, aliás, experimentou vários estilos desde que deixou o Barcelona. Suas passagens pelo Bayern München e pelo City mudaram bastante sua filosofia de trabalho. O treinador ainda utiliza seu velho Tiki-Taka mas já lançou mão da intensidade alemã, da imposição física inglesa e até do pragmatismo italiano. O resultado foi uma verdadeira salada de influências que o técnico exerce pelos Citizens.

O treinador utilizou um 4-4-2 variando para 3-5-2 nas semifinais contra o PSG mas há muitas opções interessantes no banco (Laporte, Cancelo, Sterling, Jesus, Agüero, ...) e não será surpresa que Guardiola venha a campo com uma escalação totalmente inesperada. O técnico, a exemplo de seu mentor Johan Cryuff, lança mão de jogadores versáteis e capazes de desempenhar mais de uma função no gramado, como o meia De Bruyne atuando como "falso nove" ou o volante Fernandinho voltando para compor a zaga.



Guardiola utilizou esta formação nas semifinais, um 4-4-2
variando para um 3-5-2 com Zinchenko se juntando ao
meio-de- campo, mas ele pode surpreender na partida
de hoje (imagem obtida via www.footballuser.com)



O treinador Thomas Tuchel, por sua vez, estará em sua segunda final na Champions -ele chegou à decisão na temporada anterior pelo Paris Saint-Germain. Seu estilo é o típico do futebol alemão moderno, com um jogo mais direto, muita intensidade e imposição física, a exemplo dos compatriotas Jürgen Klopp ou Jupp Heynckes.

A parte física, aliás, é o ponto forte do Chelsea com jogadores bastante fortes e rápidos, capazes de pressionar ou recompor conforme a necessidade. É um time que não tem vergonha de apelar para faltas ou chutões quando necessário, mas o futebol praticado é mais vistoso do que pragmático ou violento.

Tuchel utilizou o "esquema da moda", o 3-5-2 variando para o 3-4-3 conforme o posicionamento dos articuladores. O banco de reservas do Chelsea é um pouco mais enxuto que do adversário City, mas também há opções interessantes para variações táticas como Havertz, Giroud, Ziyech e Kovačić.



Uma das formações adotadas por Thomas Tuchel nas semifinais:
3-5-2 variando para 3-4-3 com Mount atuando como um atacante
pela esquerda (imagem obtida via www.footballuser.com)



O principal destaque do City é o meia Kevin De Bruyne. O belga, que é meia de origem, ganhou mais liberdade para atacar com Guardiola e agora exerce a função de "falso nove". Não obstante, o jogador tem moral com o treinador catalão e é o capitão da equipe na ausência de Fernandinho.

N'Golo Kanté é o principal atleta do Chelsea. O volante agora atua com mais liberdade e é onipresente no campo, tanto para fazer o "trabalho sujo" quanto para ajudar na construção de jogadas. O francês também conta com a simpatia dos jornalistas por sua história de superação e pela sua humildade.

Qual dos azuis ficará com a "Orelhuda"? Descobriremos hoje a partir das 16h (horário de Brasília) na TNT Sports!



De Bruyne (esquerda) ou Kanté (direita): qual dos dois fará a diferença
em campo (imagem extraída de www.facebook.com/Okwawu963FM)




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