segunda-feira, 7 de agosto de 2023

A Copa das Zebras

Imagem extraída de www.facebook.com/fifawomensworldcup



Gostaria de escrever mais textos a respeito da Copa do Mundo Feminina que está sendo realizada na Austrália e na Nova Zelândia mas o horário ingrato me impede de ver os jogos com regularidade, assim como aconteceu nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2021. Apenas consegui assistir à estreia dos Estados Unidos contra o Vietnã no canal Cazé TV durante uma noite de insônia.

O Mundial, porém, já ficou marcado por algumas "zebras" com o Brasil, o Canadá e a Alemanha caindo fora já na fase de grupos apesar dos rivais teoricamente acessíveis e com os Estados Unidos sendo eliminados nos pênaltis para a Suécia nas oitavas-de-final. A competição também marcou a despedida de lendas como Marta, Megan Rapinoe e Christine Sinclair que, tristemente, deixaram a Copa mais cedo que o esperado.

Um comentário no Facebook (sim, ainda há internautas que comentam coisas legais nas redes sociais), porém, foi cirúrgico a respeito das eliminações precoces: torneios de tiro curto exigem muita concentração e força mental visto que basta um único erro para causar a eliminação de um time. Isto foi observado também durante a edição masculina em 2022 (com Alemanha, Bélgica e Espanha voltando mais cedo para casa) e não seria diferente entre as mulheres.



Imagem extraída de www.facebook.com/fifawomensworldcup



Devemos considerar também que do outro lado há um adversário disposto a buscar resultado. Nenhum time vem a uma competição apenas para fazer figuração, por mais limitado que seja ou por menos tradição que possua. Ademais, equipes tidas como "azaronas" simplesmente podem se aproveitar do "salto alto" de rivais considerados favoritos e surpreender em campo.

Muitos, obviamente, consideraram como "vergonha" o desempenho abaixo do esperado por parte de brasileiras, alemãs, canadenses e norte-americanas; mas isto só desmerece o empenho de Jamaica, Coréia do Sul (que morreu abraçada com a Alemanha na fase de grupos), Austrália e Suécia que lutaram demais em campo para segurarem suas rivais.

Lamenta-se que Marta, Sinclair e Rapinoe não tiveram despedidas à altura de suas respectivas grandezas no futebol mas as adversárias não tinham nada a ver com isso e desejavam vencer independente de quem estivesse do outro lado. O esporte é competição e há muito em jogo em cada partida.

É realmente triste ver equipes tradicionais voltando para casa mais cedo e também grandes estrelas se despedindo dos Mundiais pela porta dos fundos, mas é justamente isto que faz o futebol ser fascinante: a possibilidade de um time teoricamente mais "fraco" ir contra todas as chances e surpreender em campo.



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