Fica Diniz?

Imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC

Inicia-se hoje a caminhada do Brasil rumo à Copa 2026 e também a era de Fernando Diniz na Seleção. Como se sabe, o mineiro assumiu interinamente a equipe enquanto o próximo treinador efetivo (que os dirigentes da CBF esperam que seja Carlo Ancelotti) não é anunciado.

Diniz ainda nem estreou e já tem seu nome defendido para comandar o Brasil na próxima Copa do Mundo por várias pessoas influentes, desde o atacante Neymar até o Presidente Lula. Isso a despeito do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, afirmar que Ancelotti já está "apalavrado" para assumir assim que o vínculo do italiano com o Real Madrid se encerrar.

Eu mesmo sempre defendi que treinadores estrangeiros viessem ao Brasil mas, ao mesmo tempo, reconheço que isto também é uma grande derrota para o nosso futebol, afinal a Seleção Brasileira é a única pentacampeã mundial mas houve uma acomodação e os rivais europeus superaram o Escrete Canarinho em todos os sentidos. E hoje precisamos recorrer a técnicos nascidos fora do país para nos ajudar a recuperar o tempo perdido.

Ainda é prematuro afirmar se Diniz deve ou não permanecer até 2026, afinal hoje será o primeiro jogo do Brasil sob seu comando e serão os resultados em campo que irão atestar o seu mérito. O mineiro terá seis partidas neste ano para demonstrar que reúne condições para comandar a Seleção durante mais tempo.

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A CBF, por sua vez, não tem oferecido muitas brechas para a permanência de Diniz na Seleção. Uma demonstração disso são os perfis da confederação nas redes sociais (à exceção do Instagram) que não têm feito grandes menções ao mineiro, reforçando a mensagem de que o atual treinador é apenas um interino. Tanto que eu tive de buscar por fotos do técnico no Facebook do Fluminense para ilustrar este texto.

Diniz, como vivo escrevendo aqui no blog, é sempre exaltado por fugir do resultadismo e por adotar um futebol ofensivo nos mesmos moldes de Pep Guardiola ou Johan Cruyff. Por outro lado, o mineiro ainda é muito imaturo e seus trabalhos antes do Fluminense foram marcados por desentendimentos com os próprios atletas.

O interino, porém, pode sonhar com a permanência afinal ainda não se sabe se Ancelotti irá mesmo "cumprir com sua palavra" visto que não há nada documentado que o italiano assumirá a Seleção. Ademais, uma boa campanha nestas Eliminatórias poderia influenciar a opinião do torcedor e mudar a sorte de Diniz. Improvável mas não impossível.

Diniz, se realmente sonha em dirigir a Seleção na Copa 2026, terá de provar que merece o cargo. Para isso, sua Seleção terá de vencer e convencer nestes seis primeiros jogos que incluirão um embate contra a arquirrival Argentina. Não obstante, o mineiro terá de demover o presidente Ednaldo Rodrigues de sua obsessão por Ancelotti. O interino já conta com o apoio de pessoas influentes, mas será que ele consegue?

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