sábado, 30 de janeiro de 2021

Derradeiro

Imagem extraída de www.facebook.com/Palmeiras



O Palmeiras é bicampeão da Libertadores! Após uma espera de 22 anos, o Verdão reconquista o troféu e terá, enfim, a chance de acabar com as incômodas piadas a respeito do Mundial de Clubes. E o título veio de forma dramática, sendo conquistado durante o que seria o último lance do jogo.

O atacante Breno Lopes, que havia entrado durante os minutos finais do jogo -possivelmente para a prorrogação- foi o grande herói palmeirense neste final de tarde. Foi de seus pés que saiu o gol que sacramentou o bicampeonato do Verdão na Libertadores.

Palmeiras e Santos começaram com formações semelhantes. O Peixe tomou a iniciativa, avançando em bloco e imprensando o Porco. O Verdão, encurralado, utilizava Rony pela esquerda e Marcos Rocha pela direita como desafogos, mas a recomposição santista conseguia abafar os contragolpes alviverdes.

O Peixe era a imagem e semelhança de seu treinador Cuca: bastante agitado, intenso e enérgico até demais. Os praianos foram bastante ríspidos e faltosos durante boa parte do primeiro tempo.

O Palmeiras só parece ter entrado no jogo ao fim do primeiro tempo, após uma sequência de três escanteios consecutivos. Só a partir deste momento observou-se o Porco adiantando linhas e crriando chances mais claras de gol.



Santos no 4-3-3 adianta suas linhas e encurrala o Palmeiras.
Verdão em 4-1-4-1 aceita a pressão e busca contra-ataques pelos
lados com Rony e Marcos Rocha (imagem obtida via this11.com)



Palmeiras equilibra o duelo no segundo tempo, adiantando suas linhas e pressionando mais a saída de bola santista. O Peixe é obrigado a buscar os contra-ataques mas mantem a estratégia de avançar em bloco como no primeiro tempo.

Toda a intensidade do Santos durante o primeiro tempo, cobrou o seu preço no segundo. O Peixe notadamente cansou na etapa complementar e permitiu o crescimento do Palmeiras. A recomposição praiana já não era tão eficaz e o time se mostrava dependente demais dos talentos individuais de Soteldo e Marinho.

Cuca tentou recuperar o fôlego de sua equipe trocando o volante Sandry pelo meia-atacante Lucas Braga. Abel Ferreira, por sua vez, trocou o meia Zé Rafael pelo cabeça-de-área Patrick de Paula. E, posteriormente, tirou o apagado Gabriel Menino para dar lugar ao atacante Breno Lopes e dar um descanso para Marcos Rocha na direita. Mesmo com as mudanças, porém, os dois times permaneciam desgastados e pareciam conformados com a prorrogação.



Palmeiras em 4-3-3 adianta suas linhas e pressiona o Santos.
Peixe, em 4-4-2, se defende e tenta contra-atacar em bloco, mas
o cansaço freia os avanços alvinegros e o time de Cuca passa a
depender em demasia da bola parada e dos talentos individuais
de seus dois atacantes (imagem obtida via this11.com)



O que faltava de futebol no jogo, passou a sobrar em faltas e discussões. Foram muitos lances ríspidos, bate-bocas e cartões durante a segunda etapa. Em um desses momentos, o treinado Cuca tentou atrapalhar o lateral Marcos Rocha e foi merecidamente expulso.

O nervosismo do lance parece ter desconcentrado o Santos que cedeu espaços para que Rony pudesse cobrar uma falta e servir Breno Lopes. O camisa 19 não desperdiçou a oportunidade e deu números finais ao jogo. O Peixe ainda tentou uma última cartada lançando todos os seus jogadores para o ataque, mas não havia mais tempo, força física ou mental para que o time praiano pudesse tentar uma reação.

Palmeiras conquista seu título com méritos mas também com algumas ressalvas. Poderia ter demonstrado aquele dinamismo e aquela volúpia exibida em partidas anteriores, mas é compreensível a atitude do Porco em campo visto que um único erro poderia ter colocado tudo a perder.

Santos chega à final com méritos. Superou muitas dificuldades até aqui como salários atrasados, a turbulência política, as sanções da FIFA e o elenco curto. O Peixe tem méritos, mas pagou o preço por não ter opções no banco de reservas (o que ajudaria a  resolver o problema do cansaço) e também por se descontrolar em um momento quando não deveria.

O Palmeiras e sua parceira Crefisa, enfim, conquistam sua grande obsessão. Foram seis anos de parceria, erros e acertos até este esperado momento. E terão, finalmente, a chance de acabar com as incômodas provocações de seus rivais.



Imagem extraída de www.facebook.com/Palmeiras




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