quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

É Bom Ver Özil Feliz Novamente

Imagem extraída de www.facebook.com/mesutoezil



Acabou, enfim, o exílio do meia Mesut Özil. O jogador estava encostado no Arsenal e o armador sequer havia sido inscrito pelos Gunners para a temporada 2020-21. O alemão já havia acertado sua transferência para o Fenerbahçe da Turquia há algum tempo mas só foi anunciado de maneira oficial nesta semana pelo seu novo clube, após resolvidos todos os trâmites.

Özil sempre se notabilizou pelos passes precisos e pela leitura de jogo privilegiada, mas o meia sempre pecou pela lentidão e pela pouca versatilidade em campo. O jogador demonstrava poucos recursos para quebrar linhas rivais, recompor a defesa, marcar ou dividir bolas. Com o futebol cada vez mais físico e dinâmico, o alemão foi perdendo espaço, tanto no Arsenal quanto na seleção de seu país.

O golpe fatal na carreira de Özil, porém, foram as muitas polêmicas nas quais o jogador se envolveu durante os últimos três anos. Algumas das controvérsias, inclusive, tiveram motivação política o que fez com que o meia passasse a ser malvisto em muitos países.

A primeira grande controvérsia se deu às vésperas da Copa 2018, quando Özil e o volante İlkay Gündoğan foram recebidos pelo presidente turco Recep Tayyip Erdoğan. O político é acusado de violação de direitos humanos e o encontro causou revolta por parte de torcedores e de dirigentes da Federação de Futebol Alemã (DFB). O meia se defendeu das críticas, alegou estar sendo discriminado e anunciou sua saída da Mannschaft.

Özil, em 2020, recusou uma proposta de redução salarial no Arsenal -o corte foi motivado pelos prejuízos causados pelo coronavírus. A recusa do alemão teria sido o principal motivo pelo qual o clube não inscreveu o jogador para a atual temporada.

O jogador, ainda em 2020, fez postagens nas redes sociais criticando o governo da China que estaria perseguindo a população uigur, uma minoria étnica muçulmana concentrada no oeste do país. A atitude do atleta fez com que sua imagem fosse retirada de jogos eletrônicos.



Imagem extraída de www.facebook.com/mesutoezil



Özil agora defenderá o seu clube de infância segundo ele próprio. O meia é alemão de nascença mas possui ascendência turca e sempre fez questão de exaltar suas raízes. O jogador, inclusive, escolheu o número 67, alusivo ao código postal da cidade natal de seus pais.

Estou ansioso para ver Özil motivado em campo novamente. Eu o vi jogar pela primeira vez durante a Copa 2010 quando ele formou aquele fantástico meio-de-campo com Müller, Khedira e Schweinsteiger. Só me tornei seu fã, porém, por volta de 2013 quando ele foi contratado pelo Arsenal.

Gosto do estilo de Özil ainda que o futebol atual tenha pouco espaço para jogadores com suas características, tanto que dediquei muitas postagens ao meia aqui no blog. Senti saudade de seus passes precisos, de sua técnica apurada e da maneira como ele trata a bola.

Através do jogador eu também pude conhecer melhor o islamismo. Vi através de suas redes sociais os rituais, as tradições, as datas religiosas e os fascínios do islã, algo que é pouco difundido aqui no ocidente.

Desejo sorte a Özil em seu novo clube e que ele reencontre a alegria de jogar após tantos problemas enfrentados durante estes últimos anos. E, principalmente, espero que ele se envolva em menos controvérsias nesta nova fase de sua carreira.



Imagem extraída de www.facebook.com/mesutoezil




Nenhum comentário:

Postar um comentário