terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Do Jeito que Ele Gosta

Imagem extraída de www.facebook.com/RealMadrid



Eliminado da Copa del Rey, campanhas sem muito brilho na Champions League (classificou-se em primeiro em seu grupo na última rodada aos trancos e barrancos) e em La Liga (é vice-líder com sete pontos abaixo do Atlético de Madrid). Para um clube do porte do Real Madrid isto seria um momento de crise, mas para o treinador Zinedine Zidane o cenário não poderia ser mais favorável.

Sim, favorável mesmo. Sem aspas. Não estou sendo irônico com o treinador ou com o clube. Basta recorrer ao histórico de Zidane no banco de reservas para trazer boas lembranças ao torcedor e encher seus corações de esperança para esta segunda metade da temporada 2020-21.

Zidane assumiu o Real Madrid pela primeira vez na metade da temporada 2015-16 após a demissão de Rafa Benítez. Os Merengues faziam uma campanha fraca para os padrões do clube. Zizou ajeitou a equipe, devolveu a confiança aos jogadores e aproveitou aquele momento em que os holofotes estavam totalmente apontados aos rivais para iniciar uma inesperada arrancada rumo ao título da Champions League.

Dois anos se passaram e o Real Madrid atravessava um novo momento de crise durante a temporada 2017-18. Cristiano Ronaldo e Zidane não eram mais vistos como fundamentais ao clube e eram cada vez mais fortes os rumores de que ambos deixariam o Santiago Bernabéu. Novamente sem o peso do favoritismo, Zizou e seus comandados iniciaram uma nova reação rumo a mais um título da Champions. O francês, mais uma vez, soube motivar seus jogadores e ainda tirar proveito das expectativas baixas com relação aos Merengues. A dupla, porém, realmente deixou a instituição ao término da sessão, insatisfeita com os tratamentos recebidos durante o período de turbulência.



Imagem extraída de www.facebook.com/RealMadrid



O cenário, portanto, é muito favorável a Zidane ao analisarmos o retrospecto. O Real não terá o peso do favoritismo e terá algumas datas livres para descanso por não disputar a Copa del Rey, algo que será de muita valia visto que a quarentena de 2020 empurrou as datas desta temporada.

Zidane, porém, precisa se conscientizar que os jogadores que está comandando já não são os mesmos de três anos atrás quando venceu sua última Champions League. Muitos já vêm sentindo o peso da idade e estão sendo contestados. Zizou ainda tenta proteger seus atletas veteranos mas sabe que precisa de resultados e, principalmente, de títulos para seguir no cargo.

O treinador, felizmente, tem oferecido espaço aos "sucessores" daquela geração e há a possibilidades dos jovens amadurecerem ao longo da temporada para chegarem preparados às grandes decisões. Mendy, Militão, Vini Jr. e outros ainda não são os titulares absolutos de suas posições mas receberam oportunidades do comandante. E muitos deles vêm aproveitando as chances em campo.

Os indícios de reação já se deram diante do modesto Deportivo Alavés, com uma goleada convincente de 4x1. Parece pouco dadas as discrepâncias técnicas e financeiras entre as equipes, mas já é um bom sinal após duas eliminações consecutivas, uma diante do Athletic Bilbao na Supercopa da Espanha e outra ante o Alcoyano na Copa del Rey, ambas por 2x1.

Resta saber se Zidane conseguirá repetir os feitos de 2015-16 e 2017-18. Se o raio já caiu duas vezes no mesmo lugar, poderia perfeitamente cair em uma terceira oportunidade e permitir mais uma volta por cima do Real.



Imagem extraída de www.facebook.com/RealMadrid




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