quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Tempos Modernos

Imagem extraída de www.facebook.com/atletico



Eu, um mero blogueiro, consigo fazer análises táticas razoáveis apenas utilizando o que tenho em mãos: vídeos das partidas, uma prancheta virtual (eu utilizo o this11) e alguns sites contendo resumos de jogos. Não ficam impecáveis como as de Leonardo Miranda ou de André Rocha, mas consigo descrever estratégias, jogadas e padrões nas equipes.

Se um simples blogueiro consegue fazer uma análise tática de um time, então imaginem alguém que tenha acesso a analistas de desempenho, computadores de última geração, programas/softwares, ferramentas estatísticas e afins. Mesmo os clubes brasileiros têm condições de oferecer esse tipo de infraestrutura aos seus treinadores embora alguns deles rejeitem.

Extrair informações de um time está mais fácil do que nunca com o advento da internet. Podemos ter acesso a vídeos/VTs de partidas, bancos de dados de jogadores e tudo mais. E isso a qualquer hora e em qualquer lugar. Treinadores podem fazer o mistério que desejarem para não entregar suas escalações ou estratégias, mas não é tão difícil encontrar pontos os fortes e fracos dos adversários nos dias atuais com a ajuda da tecnologia.



Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians



Muitos treinadores parecem subestimar tais transformações no futebol. Acreditam que seus adversários cairão sempre nos mesmos truques, que obedecerão os mesmos padrões táticos e que serão sempre surpreendidos. Eles parecem se esquecer de que do outro lado há um time também disposto a ganhar e que estudará todos os pontos chaves de seus rivais. E as tecnologia torna as análises ainda mais rápidas e precisas.

A queda de rendimento de certas equipes não se deve apenas a cansaço, desfalques ou limitações do elenco. Os adversários observaram padrões de jogadas, movimentação, pontos fortes e pontos fracos em seus rivais. O Atlético de Sampaoli, o Inter de Coudet, o Flamengo de Dome/Ceni e o São Paulo de Diniz. Todos foram minuciosamente estudados pelos oponentes e tiveram suas fraquezas devidamente exploradas em campo.

Os mais conservadores podem chiar o quanto quiserem, mas a presença da tecnologia no futebol é um processo inevitável e irreversível. O VAR, a presença de chips na bola e o uso de GPS pelos jogadores -que, aliás, é mais um meio de se extrair dados dos atletas- são exemplos de tais mudanças. A adoção de analistas de desempenho e de programas são mais um passo adiante que o esporte dá em direção à modernidade.

Os treinadores, então, devem ter em mente: se um reles blogueiro como eu consegue obter informações a respeito de jogadas, movimentação e padrões de jogo; um técnico adversário consegue extrair ainda mais dados a respeito de um time por contar com ferramentas ainda mais avançadas! E em um tempo ainda menor!



Imagem extraída de www.facebook.com/scinternacional




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