domingo, 30 de agosto de 2020

Entrevista: a Baixa Popularidade do Handebol no Brasil





Bom dia, querido leitor e leitora!

Esta é a segunda entrevista que realizo em meu blog. Perguntei informalmente a meus amigos qual deveria ser o assunto, handebol ou rúgbi. A maioria deles optou pelo handebol. Não se preocupem porque futuramente farei uma entrevista sobre rúgbi nos mesmos moldes.

Escolhi estas modalidades porque elas são pouco populares entre o público brasileiro a despeito de serem bastante praticadas em escolas e, principalmente, universidades.

O handebol, em especial, tinha tudo para explodir no Brasil, mais precisamente em 2013 quando a seleção feminina conquistou pela primeira vez o mundial da categoria na Sérvia -o canal Esporte Interativo, que era aberto via internet e UHF na época, cobriu a competição.

A modalidade, porém, teve um aumento de popularidade tímido em terras tupiniquins mesmo com o campeonato inédito. O handebol não teve a mesma sorte de tênis, surfe ou MMA, cujos títulos geraram aumento do interesse do público.

O blog Farma Football, pensando nisso, resolveu ouvir as opiniões de jogadores e ex-jogadores de handebol da Faculdade de Ciências Farmacêuticas para descobrir o que falta à modalidade para que consiga a mesma popularidade do futebol, vôlei, basquete e afins.






Farma Football- Nome completo

Aurélio- Aurélio Pedrazzoli Neto

Beatriz- Beatriz Barbuy Paes de Almeida

Johnny- Johnny Francisco da Silva

Juliana- Juliana Bistriche 

Natalia- Natalia Castro



FF- Há quanto tempo você joga handebol? Ou durante quanto tempo você jogou handebol no caso de ex-praticante?

Aurélio- Comecei a jogar handebol no 6°ano do colégio e fui obrigado a parar quando entrei no primeiro do ensino médio. Só regressei ao esporte no 2° ano de faculdade e estou no time desde então.

Beatriz- Cinco anos.

Johnny- Desde que entrei na faculdade em 2014. Entrei no time no final de maio acredito.

Juliana- Comecei a treinar em 2002, na Escola da Vila.

Natalia- Oito anos.



FF- Em qual posição você joga, ou jogava no caso de ex-praticante?

Aurélio- Minha posição principal é ponta direita, mas às vezes jogo na meia direita também.

Beatriz- Central.

Johnny- Goleiro.

Juliana- Oficialmente, durante a faculdade eu treinei para jogar de central, ponta esquerda e meia direita ou esquerda. Mas, dependendo do jogo, já joguei de pivô e fui no gol (risos)... 

Natalia- Ponteira direita.



FF- Quantos títulos você conquistou pela sua faculdade?

Aurélio- Duas medalhas de prata e uma de ouro.

Beatriz- Três, duas pratas e um ouro.

Johnny- Fomos vice-campeões da Série Laranja da Copa USP em 2014, Vice-campeões da série B da NDU em 2015, Campeões do Copa Farma de 2015, Vice-campeões da Série Prata do Torneio EEFE, Vice-campeões da Série Laranja da Copa USP em 2017, Campeões da série D da NDU em 2018, Campeões da Série Prata dos Jogos da Liga em 2018, Vice-campeões da série laranja da Copa USP em 2019 e Vice-campeões da Série Prata dos Jogos da Liga em 2019.

Juliana- Pela Farmácia conquistamos a Copa USP e os Jogos da Liga. A gente foi vice nas duas participações do CaipirUSP, estamos esperando muito o ouro na próxima edição!!! 

Natalia- Um.



FF- Como você se interessou pelo handebol? Se quiser, conte um pouco de sua trajetória na modalidade.

Aurélio- Sempre gostei muito de esportes, mas no colégio o pessoal só jogava futebol, modalidade na qual eu era muito ruim. No 6° ano, passaram a ter treinos de handebol extracurriculares. Eu por ser um esporte diferente e desconhecido para mim, resolvi tentar. De cara curti muito o esporte. Gostava da dinâmica, da correria e principalmente do fato de eu não ser tão ruim quanto no futebol. Mesmo após ficar um tempo sem jogar, por conta de um período de estudos pré-vestibular, quando retomei o esporte na faculdade, a paixão só cresceu e é atualmente uma das minhas atividades favoritas.

Beatriz- Sempre joguei handebol, desde a época do colégio. Praticava nas aulas de educação física e treinava com o time da escola.

Johnny- A princípio eu entrei no time devido a galera que treinava o handebol e rúgbi. Assim que entrei na faculdade, entrei no time de rúgbi e tive bastante contato com os veteranos e eles ficaram me chamando pra jogar o handebol também. Somei isto ao fato de que joguei todos os esportes coletivos no BICHUSP (n.e.: torneio esportivo realizado entre os ingressantes da Universidade de São Paulo) e o handebol foi um dos que mais gostei de jogar -apesar de ter enfrentado alguns "rebixos" (n.e.: alunos que ingressaram novamente na universidade) logo no primeiro jogo, sendo que naquela época o torneio era com eliminação direta, só joguei uma partida. 

Juliana- Eu comecei a treinar na Escola da Vila. O projeto pedagógico da escola estimula a prática de esportes. A gente tinha diversas competições internas, externas e internacionais, festa para homenagear os atletas... Eram poucos os alunos que não treinavam. Além do estimulo da escola, eu tenho 3 irmãos mais velhos que treinavam handebol e outros esportes, e eles acabaram me influenciando também. Na escola eu cheguei a treinar handebol, vôlei, futsal e escalada, mas a minha paixão sempre foi o handebol. Tanto é, que é a modalidade que eu carrego comigo até hoje. Muitos atletas e técnicos de handebol do pinheiros e da seleção eram da escola da Vila, então sempre foi um desafio e um aprendizado enorme participar do time, estimulando cada vez mais. Teve um ano que até tentaram me levar para participar da peneira para jogar pelo Pinheiros, mas acabei desistindo... Continuei praticando depois de entrar na faculdade, pela Farmácia USP, mas depois de duas cirurgias por lesão de LCA (n.e.: ligamento cruzado anterior, localizado atrás do joelho) estou um pouco mais distante, pensando em me cuidar...

Natalia- Conheci o esporte ainda no colégio. Quando comecei a faculdade, de todos os esportes oferecidos era o que mais me interessava. Gosto do fato de que é uma mistura de explosão e estratégia.



FF-  O handebol não é muito popular entre o público brasileiro de modo geral. Para você, o que falta para que a modalidade consiga mais adeptos no país?

Aurélio- Acho que é um canal que tem pouquíssima visibilidade no país. De um lado, os jornais, canais de televisão e até mesmo redes sociais falam muito pouco de handebol, passam pouquíssimos jogos na televisão também. Por outro lado, ainda é um dos esportes coletivos menos praticados no país, sendo até que raro um contato inicial de crianças e jovens com o esporte na escola, e consequentemente a modalidade acaba ficando um pouco desconhecida.

Beatriz- Apoio financeiro.

Johnny- O Brasil tem um problema crônico no que diz respeito aos esportes, e o nome é mídia. A partir do momento que todos só consomem futebol na TV aberta, que até muito recentemente era o único meio de atingir a grande massa, a tendência é que o público só se interesse por futebol. Só de haver transmissões esporádicas da seleções de vôlei na TV já podemos perceber que há uma popularidade maior do esporte se comparado com os demais que não o futebol. Enviei recentemente um e-mail em formato de carta para o canal SporTV, comentando sobre tal assunto, pois um canal que se vangloria de ter a melhor transmissão das olimpíadas, não deveria negligenciar os esportes durante as competições regulares.

Juliana- Acho que não tem muito o que falar. A nossa cultura voltada totalmente para o futebol tira visibilidade e investimento das outras modalidades. O handebol acaba ficando muito distante da população. Tem muitas pessoas que nunca nem ouviram falar desse esporte... (n.e.: posteriormente, a entrevistada declarou que, segundo o treinador Washington Nunes em palestra, o handebol era sempre visto como um jogo violento, com muitas faltas; mas que vem transformações/adaptações tornando o jogo mais fluido e agradável de se assistir).

Natalia- Acho que precisa de mais cobertura da mídia.



FF- Você chegou a acompanhar os mundiais de handebol em algum canal de televisão? Se sim, mencione o canal e diga o que achou da cobertura da emissora.

Aurélio- Na televisão os únicos jogos que assisti foram os das olimpíadas. Mas no geral, os jogos que eu assisti de handebol foram ou reprises no YouTube, ou pelo ehftv.com (n.e: European Handball Federation TV, canal pertencente à federação de handebol europeu). Esse site é gratuito e transmite vários jogos de handebol, ele é ótimo para quem tem interesse em acompanhar um pouco mais sobre a modalidade.

Beatriz- Sim, EHFTV. A cobertura é só de jogos da Europa, mas é muito boa. O mundial nem foi transmitido por falta de verba.

Johnny- Infelizmente o mundial de 2019 não foi transmitido por nenhum canal nacional. Acompanhei os jogos junto com os outros rapazes do time por meio de transmissões internacionais, em sites piratas que caíam diversas vezes durante a partida.

Juliana- Sempre que possível, eu acompanho. Acho que já vi na SporTV, mas normalmente vejo pela internet... 

Natalia- Sim. Esporte Interativo era o meu canal de escolha. Agora morando nos EUA, às vezes, consigo assistir por um dos canais da ESPN, mas a cobertura aqui é ainda mais restrita do que no Brasil.







FF- As seleções brasileiras apostaram bastante em treinadores estrangeiros (Morten Soubak, Jordi Ribera, Jorge Dueñas, ...). O que falta, em sua opinião, aos treinadores daqui?

Aurélio- Eu acho que essa expectativa de treinadores estrangeiros muito se dá devido a cultura que o handebol não tem muito no Brasil, mas tem nesses outros países. Talvez as pessoas acreditem que falta um pouco conhecimento e experiência para os treinadores brasileiros comparado aos estrangeiros, porém acredito que esse cenário esteja se alterando. Tive a oportunidade de ter contato com pessoas que participaram da comissão técnica da seleção e sinto que há um grande vontade por parte de vários profissionais de aprender e entender melhor o esporte. E acredito que isso elevara os níveis dos treinadores aqui no Brasil.

Beatriz- Acho que na verdade não depende dos treinadores. Não adianta os treinadores irem atrás de jogadores estrangeiros se não têm dinheiro suficiente pra pagar os jogadores. Tudo se inicia pelo incentivo financeiro.

Johnny- Acredito que falte uma liga local em um nível superior à atual. Por mais conhecimento que os treinadores e aspirantes a treinadores daqui conquistem, há fatores que freiam o crescimento deles: o primeiro é a quantidade de times realmente competitivos, a liga nacional masculina por exemplo ocorre desde 1997 e só teve 5 campeões diferentes; e segundo é o nível de maneira geral, um campeonato com um nível técnico superior exige e proporciona um desenvolvimento do técnico. Porém Washington Nunes está de volta e acredito em um excelente trabalho dele.

Juliana- Visibilidade e acabar com a crença de que treinadores estrangeiros são melhores. Nós temos técnicos excelentes aqui no Brasil, que estão cada vez mais capacitados. Se você for ver as seleções de base, no decorrer do tempo, tivemos muitos técnicos brasileiros. Com certeza todos esses técnicos estrangeiros tiveram uma importância grande para a história do handebol nacional. Trouxeram uma bagagem grande e ensinaram demais, ajudando a capacitar ainda mais os técnicos brasileiros. O atual técnico da seleção masculina, Washington Nunes, é brasileiro e é um excelente profissional! Ele era assistente do Jordi e fala que aprendeu muito com ele. Ele conseguiu um feito inédito com a seleção no mundial em 2019, mas acabou sendo demitido depois da seleção ter sido eliminada nas semifinais do Pan... Esses dias o confederação voltou atrás e reconheceu todo o trabalho do Washington, que acabou voltou para o comando da seleção!!

Natalia- Acredito que mais exposição. E experiência. Como o esporte é relativamente "novo" e o Brasil começou a sua história meio que recentemente, fica a impressão que a solução tem que vir do exterior.



FF- A maioria dos jogadores convocados atua em países europeus como Hungria, Espanha, Romênia e França. Em sua opinião, o que os clubes daqui precisam oferecer aos atletas para que possam competir mais em nível internacional?

Aurélio- Acho que não só os clubes, mas em geral todo mídia esportiva do país tem que dar mais visibilidade e suporte, tanto estrutural quanto financeiro, para os jogadores de todas as categorias (desde a base até o profissional). Acredito que mesmo sendo um esporte desconhecido, o Brasil tem ótimos jogadores e grandes nomes para serem possíveis futuras estrelas no esporte, mas que acabam perdendo um pouco de motivação, pela falta de incentivo do handebol em geral no país.

Beatriz- Incentivo financeiro, mas não da parte dos clubes, e sim da mídia e dos investidores.

Johnny- No Brasil, infelizmente é difícil viver financeiramente de algum esporte que não seja o futebol. Mais uma vez preciso jogar parte da culpa na mídia, mas fica muito difícil conseguir patrocínio e apoio das empresas quando não se pode oferecer um retorno grande de exposição. Os baixos salários, estrutura dos clubes e campeonatos (ginásios, calendário, nível de competição...) e um reconhecimento maior por parte do público, não deixam dúvidas na cabeça dos atletas na hora que lhes surgem uma oportunidade de atuar fora do Brasil.

Juliana- Um atleta não consegue se dedicar inteiramente ao handebol aqui no Brasil e os salários são muito baixos, é difícil segurar esses atletas aqui. E não culpo só os clubes, é uma questão cultural/estrutural. 

Natalia- Acredito que incentivo financeiro e a criação de uma liga competitiva. Fazendo um paralelo com o vôlei, há algum tempo atras, foi feito um incentivo financeiro e a criação da Superliga no Brasil. Com isso, os clubes brasileiros passaram a ser uma alternativa aos clubes europeus para os atletas.



FF- O brasileiro, de modo geral, aumenta seu interesse por um esporte com os títulos. A Seleção Feminina conquistou o mundial em 2013 e, mesmo assim, não houve aumento do interesse na modalidade. Por que você acha que isto aconteceu?

Aurélio- Mais uma vez acredito ser por conta da visibilidade que a mídia esporte dá para essa modalidade. A equipe feminina de handebol do Brasil é fortíssima, porém muitas pessoas não sabem nem que o Brasil tem um time feminino de handebol, e muito menos os títulos que ele conquistou.

Beatriz- Desde essa época o incentivo financeiro vem caindo. Por exemplo, em 2018 ou 2019 o Banco do Brasil era um dos maiores financiadores e por isso foi cancelada a transmissão.

Johnny- O titulo foi muito comemorado pela comunidade do handebol, porém não chegou ao conhecimento do grande público ou chegou de maneira sutil. O Esporte Interativo fez uma excelente transmissão dos jogos, porém infelizmente o canal não possui o alcance necessário para alavancar uma modalidade.

Juliana- Aumentou muito a visibilidade da modalidade e o número de praticantes na época mas, com o tempo, foi diminuindo novamente. 

Natalia- Acredito porque mesmo com a vitoria das meninas, a mídia não ajudou! O futebol ainda é bem predominante na TV.



FF- Você acredita que o esporte universitário pode ajudar o handebol no Brasil de alguma maneira?

Aurélio- Sim, acredito que o esporte universitário auxilia tanto na parte estrutural quanto na divulgação do esporte. Muitas pessoas passam a conhecer a modalidade por parentes ou amigos que jogam na faculdade. Além disso, com o aumento do número de pessoas jogando. Há também o aumento de campeonatos, que consequentemente gera um aumento de audiência. A medida que o esporte se torna mais conhecido, as pessoas passam a criar um maior interesse pelo mesmo, e cada vez mais e mais pessoas passam a prática e a modalidade. Há também os talentos que são descobertos na faculdade e são chamados para jogar em clubes nos anos seguintes. E ter atletas de clube jogando no nível universitário eleva o nível das competições, o que é muito positivo para quem pratica a modalidade.

Beatriz- Não exatamente. Talvez o esporte universitário dê mais visibilidade para o esporte já que envolve milhares de pessoas. Porém acredito que o esporte infantil deveria ser incentivado, para criar uma base sólida.

Johnny- Acredito, sim. Se por um lado falta espaço para os técnicos em equipes competitivas nos clubes, sobra espaço nas equipes universitárias. Muito mais que um laboratório de novos atletas, o handebol universitário vem revelando excelentes técnicos. Além disto, o cenário universitário ajuda a popularizar o esporte. Muitas vezes pessoas que nunca viram um jogo de handebol se deparam, durante os jogos universitários, dentro do ginásio torcendo e tentando entender um pouco da modalidade.

Juliana- Com certeza. Contribui com visibilidade e apoio a modalidade.

Natalia- Sim. A maioria dos atletas profissionais americanos (se não todos) saem da liga universitária. Um modelo parecido poderia ser utilizado no Brasil. 




FF- De que maneiras o handebol ajuda ou ajudou você?

Aurélio- O handebol moldou muito do meu caráter atual. Sempre tive o esporte como prioridade para mim, tento não faltar em treinos, aprender com meus erros, ficar atento ao que os companheiros de equipe fazem e falam. E essas coisas, querendo ou não, acabam se arrastando para outros espectros da vida, passei a ser uma pessoa mais organizada e disciplinada com as tarefas em geral. Posso dizer até que o handebol me ajudou a conseguir meu primeiro emprego, pois durante o processo seletivo, pediram que eu escrevesse uma redação de tema livre, e eu escrevi sobre o quanto o meu time de handebol era importante para mim, e o quanto eu gostaria que a minha equipe de trabalho fosse assim também. Sem falar que grande parte dos meus amigos mais próximos são esses caras, que dividem quadra comigo, estamos sempre juntos, vitória ou derrota.

Beatriz- Totalmente. Fazer parte de um time te faz entender muitas coisas em relação à vida profissional, como comportamento, liderança, parceira, submissão e muitos outros aspectos.

Johnny- Tanto o handebol, como o rúgbi e, mais recentemente, o vôlei me trouxeram muitas coisas boas. De lá vieram meus melhores amigos. É lá que eu me mantenho fisicamente ativo, onde consigo recuperar um pouco da saúde mental. Sei que posso contar com todos os meus colegas de time e isso me trás muita segurança para a vida.

Juliana- Nossa, o handebol sempre foi muito importante em todas as áreas da minha vida. Começou na escola. Para treinar todas as modalidades que eu tinha de ir bem na escola (era uma acordo que eu tinha com o pessoal da escola e com a minha mãe). Eu precisei de bastante organização e disciplina. O esporte sempre me ajudou muito no equilíbrio mente X corpo. Às vezes até sinto que sou viciada porque faz uma diferença enorme na minha vida (risos). O esporte também traz uma compreensão de construção coletiva e individual muito grande, que ajuda demais no nosso desenvolvimento. Por exemplo: pensando coletivamente, muitos trabalhos são feitos por um time e precisamos saber nos comunicar e trabalhar em equipe. Pensando no individual, tudo na vida depende de treino e determinação. Quanto antes você começa a praticar isso, melhor seu desenvolvimento. E claro, a família que a gente constrói dentro do time é uma das melhores coisas. Você tem a oportunidade de conhecer pessoas que talvez nunca nunca conheceria e isso também traz aprendizados incríveis.   

Natalia- A maioria dos meus amigos de faculdade eram dos times, eu fui DM (n.e.: diretora de modalidade) e isso ajudou com minha habilidade de gerenciamento. Sempre adorei esportes e o handebol me ajudou a manter meus hábitos saudáveis durante a faculdade.


FF- Em alguns países existe a possibilidade do esportista universitário se profissionalizar em sua modalidade. Você gostaria de seguir no esporte caso houvesse a oportunidade?

Aurélio- Sim, seria um sonho. Como eu havia falado anteriormente, tenho uma grande paixão por esportes. E só de imaginar a ideia de poder viver disso é algo que me empolga, uma realização dessas me deixaria muito feliz. E mesmo que não consiga me profissionalizar, pretendo continuar no esporte por um bom tempo ainda, pois acho que já faz parte da minha rotina e sinto que isso me faz muito bem.

Beatriz- Sim.

Johnny- Pretendo continuar batendo bola com os meus amigos após concluir a faculdade, porém com certeza não no profissional (risos). Não tenho capacidade técnica para isso.

Juliana- Eu amo esporte, mas nunca pensei como uma profissão. Até quando eu era menor, pensei em participar da seleção do Pinheiros, mas acabei desistindo, acho que nunca quis (risos).

Natalia- COM CERTEZA! Mas nunca fui boa o suficiente para isso...



FF- Você gostaria de deixar alguma mensagem aos calouros e aos interessados em praticar handebol?

Aurélio- Aos calouros e a qualquer pessoa que tenha interesse em treinar handebol. Deem uma chance a esse esporte, ele é transformador, hoje em dia posso alegar que sou uma pessoa muito mais feliz, e muito mais madura por conta do esporte, e grande parte dos melhores momentos que tive na faculdade vieram daí. Conheci pessoas incríveis que gostaria de levar para o resto da minha vida, e acho que atividades assim são essenciais na formação de seres humanos. Venham calouros, o handebol está pronto para receber vocês de braços abertos!!

Johnny- Experimentem o esporte, ele irá agregar diversas coisas na sua vida. Independente de ser ou não o handebol, o esporte é algo que vai te ajudar muito.

Juliana- O esporte traz oportunidades e ensinamentos muito importantes para nosso desenvolvimento como pessoa, como profissional, como estudante... Mesmo que você nunca tenha praticado nenhum esporte, dê uma chance, principalmente na faculdade. Todo mundo começou sem saber correr e respirar ao mesmo tempo (risos), então não fiquem envergonhadas. Com o tempo, o desenvolvimento vai se construindo!! As veteranas sempre estarão para ajudar e não só dentro de quadra. O apoio é uma das melhores coisas que tem! Treinem!!! 

Natalia- Eu aconselho todo mundo a fazer parte de um time. Handebol era a minha paixão de faculdade... A ligação que você cria com os seus colegas de time é muito forte. Acredito que parte da experiência universitária passa pelo esporte.



Agradecimentos muito especiais ao Aurélio, à Beatriz, ao Johnny, à Juliana e à Natalia pelas entrevistas e por compartilharem um pouco de suas experiências no handebol com o blog! MUITO OBRIGADO!








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