terça-feira, 18 de agosto de 2020

Não Podia Errar

Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague



A edição 2019-20 da Champions League adotou o sistema de jogo único em campo neutro a partir das quartas-de-final. Isso obriga as equipes a serem mais cautelosas em campo visto que não têm direito a uma partida de volta e um erro poderia significar a eliminação. O Red Bull Leipzig errou. E pagou caro.

A equipe alemã adotou um esquema bastante interessante com jogadores sem posição fixa, trocando passes e se movimentando o tempo todo, geralmente atacando em 3-4-3. Se perdiam a bola, a equipe se organizava em vários esquemas defensivos variando entre o 4-4-2 ou 4-1-4-1.

O Paris Saint-Germain mandou a campo um time mais ofensivo em relação à rodada anterior com um meia mais ofensivo (Paredes) além dos atacantes Mbappé e Di María. A equipe francesa, no 4-2-3-1, se defendia e tentava responder utilizando seus pontas Neymar e Di María (além de algumas subidas do lateral Bernat).

O organizado sistema defensivo do Red Bull funcionava bem apesar de oferecer algumas brechas -em uma delas, Neymar quase abriu o placar mas mandou a bola para fora em um lance quando Gulácsi estava vendido.

O PSG abriu o placar em gol de falta com arremate de Marquinhos. O Red Bull não parecia ter sentido o golpe e seguia na mesma toada. Mas o goleiro Gulácsi voltou a falhar ao devolver uma bola em cima de Ander Herrera que aproveitou e fez a pelota chegar em Di María. 2 x 0 para os franceses.



Red Bull ataca em 3-4-3 com Mukiele, Kampl ou Angeliño voltando para compor
a zaga conforme a necessidade e se defende em 4-1-4-1 com apenas Poulsen
na frente ou 4-4-2 com Saibitzer se juntando ao dinamarquês. PSG segura
em 4-2-3-1 com Neymar e Di María atuando como escapes e acionando Mbappé
(Imagem obtida via this11.com).



O Red Bull não se entregou no segundo tempo e tentou fazer mais pressão no PSG. Entraram os velocistas Schick e Fosberg nos lugares de Olmo e Nkunku, O treinador Julian Nagelsmann também adiantou seus defensores para prender a bola no campo de ataque.

PSG retorna sem mudanças e mantém a estratégia de contra-atacar pelas pontas. Em uma dessas oportunidades, o lateral Mukiele perdeu uma dividida com Herrera e Bernat deu números finais a partida: 3 x 0.

Nagelsmann ainda tentou lançar seu time ao ataque, mas a forte defesa francesa abafou. Thomas Tuchel, por outro lado, se limitou a substituir jogadores mais desgastados já visando a final.



Em um novo jogo de ataque contra defesa, Red Bull adianta suas linhas para buscar
a virada. PSG segura com praticamente todo o time recuado e utilizando seus pontas
e laterais como desafogo além de lançamentos longos para Mbappé. Em novo erro
dos alemães, desta vez de Mukiele, franceses dão números dão números finais à
partida (imagem extraída de this11.com).



PSG chega à inédita final. Após oito anos desde que o clube foi adquirido pelo grupo Qatar Sports Investiment, o time terá a chance de realizar o sonho de seus investidores. Os franceses, enfim, parecem maduros suficientes para alcançar o título inédito após tantas temporadas frustradas. Red Bull Leipzig se despede fazendo história, demonstrando todo o potencial do projeto mas pagando caro pelos erros individuais de seus atletas.

A partida de hoje foi uma clara demonstração de como os erros podem ser fatais em campeonatos de partida única. É importante correr riscos para se alcançar o resultado, mas há momentos em que é importante ser mais conservador em campo e evitar se expor.



Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague




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