segunda-feira, 31 de agosto de 2020

VARzea?

O equipamento do VAR danificado pelo goleiro Gatito Fernández
(imagem extraída de www.facebook.com/desimpedidos/)



O VAR (sigla para video assistant refree -"assistente de árbitro por vídeo", traduzido do inglês) foi protagonista em pelo menos dois jogos do Brasileirão neste último final de semana. O recurso foi utilizado para anular dois gols do Santos contra o Flamengo e também dois tentos do Botafogo contra o Internacional. No último caso, o goleiro Gatito Fernández, do Fogão, não se conteve e danificou o monitor utilizado pela arbitragem (veja na foto acima).

O VAR vem sendo utilizado no Brasileirão desde o ano passado. O recurso foi implantado às pressas após pressão de alguns clubes insatisfeitos com os frequentes erros da arbitragem. O, então, novo dispositivo gerou muitas controvérsias entre clubes, árbitros e mídia. E continua desencadeando muitas discussões a respeito de sua utilização.

O novo recurso, de fato, ajuda a minimizar erros de arbitragem, porém sua aplicação ainda é confusa e nem sempre trivial. Não foram raros os casos em que o árbitro de campo se negou a revisar lances duvidosos por vídeo a despeito dos apelos de jogadores. Ademais, ficou bastante claro que o VAR não é infalível, podendo gerar erros dependendo do posicionamento das câmeras ou da interpretação de seus operadores.
 
 
 

Imagem extraída de www.facebook.com/desimpedidos/



O VAR, como disseram e escreveram muitos comentaristas, veio para ficar. A mudança dificilmente terá volta visto que o recurso foi implantado justamente para acabar com as polêmicas envolvendo a arbitragem, algo sempre desejado pelos próprios clubes.

A execução, contudo, ainda é falha e requer muitas melhorias. Como o recurso é novo mesmo no exterior, ainda há alguns erros crassos atribuídos ao recurso. Durante a Copa das Confederações de 2017, por exemplo, um jogador do Camarões foi expulso de forma incorreta durante partida contra a Alemanha após revisão do lance através do VAR.

As melhorias, obviamente, vêm com o tempo e à medida que a arbitragem vai se adaptando (e aceitando) o novo recurso. O VAR necessita de mais agilidade (as avaliações levam tempo em demasia para serem realizadas), mais câmeras ou melhor posicionamento destas (eu recomendaria a adição de drones) e mais transparência nas análises -as reclamações dos jogadores seriam atenuadas se as imagens dos lances em questão fossem exibidas em um telão no estádio, o que acabaria imediatamente com qualquer dúvida.

O VAR, a despeito das polêmicas, é um caminho sem volta. O recurso foi implantado para acabar com as injustiças em campo. A tecnologia utilizada ainda não é perfeita e nem isenta de erros, mas as melhorias só virão com o tempo.



Imagem extraída de www.facebook.com/desimpedidos/


 
 

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