sábado, 22 de agosto de 2020

Mais Mudanças





Quando voltei a escrever no blog após quase quatro anos de inatividade, eu estava bem diferente da época quando havia começado, em 2013. Eu era bem mais radical nas opiniões e escrevia praticamente tudo o que eu bem entendia.

Treinadores haviam sido os principais alvos de minhas críticas no passado pelas escalações que considerava equivocadas, convocações consideradas sem sentido ou estilo de jogo que via como "feio" ou "ineficiente".

Hoje, quando faço uma crítica, costumo pensar um pouco na parte criticada. Sempre meço minha palavra e tento me colocar na pessoa a quem direciono o comentário.

Pensei nisso quando vi aqueles poucos torcedores do São Paulo e do Palmeiras protestando contra suas próprias equipes. Reconheço que algumas das revindicações são justas, mas as cobranças são desproporcionais e feitas de maneira extremamente violenta, com jogadores e treinadores sendo insultados ou ameaçados.

Vejo também certos veículos de imprensa que exageram nas críticas -alguns comentaristas chegam até a ser maldosos. Tudo em nome da polêmica ou para fazer média com espectador/torcedor, afinal isto sempre gera audiência e, consequentemente, lucros.







Criticar é diferente de insultar. O limiar entre a crítica e o insulto é tênue, mas há como distinguir as duas coisas.

"Criticar" serve para que o criticado aprenda com os seus erros e melhore com isso. Não é o que torcedores fazem quando chamam o treinador de "burro", o jogador de "chinelinho" ou o dirigente de "corrupto".

Tem sido cada vez mais frequente a falta de empatia do brasileiro, a capacidade de se colocar no lugar do outro ou de enxergar por outro ponto de vista.

Pensando em tudo isso, eu tenho evitado o tom inflamado de outrora e as críticas mais duras, exceto por um ou outro ponto.

Não acredito mais que eu consiga mudar ou melhorar algo através da violência, mesmo que verbal. 

Críticas são necessárias,  mas o insulto não.








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