quarta-feira, 12 de agosto de 2020

O Jogo só Termina Quando Acaba

Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague/



A azarona Atalanta enfrentou o pressionado Paris Saint-Germain. A Dea, sem muito a perder, entrava em campo para fazer história e ir o mais longe possível na competição para coroar esta temporada mágica. Do outro lado, o PSG precisava avançar a qualquer custo para justificar o investimento milionário em um elenco repleto de estrelas.

Ambas as equipes, cada uma com objetivos distintos, foram a campo com formações parecidas utilizando três zagueiros (o PSG utilizou Marquinhos adiantado, como um cabeça de área) e três atacantes.

A Atalanta começou o jogo oferecendo seu cartão de visitas: ofensividade, dinamismo, atletas trocando de posições e muito toque de bola, além de uma boa (porém não perfeita) recomposição defensiva. Os franceses, por sua vez, transpareceram desde o início a proposta de atuar nos erros e utilizando seus três volantes (Marquinhos, Gueye e Herrera) visando travar o rival.

O PSG criou as melhores chances de gol aproveitando as brechas deixadas pelas subidas italianas. Neymar, atuando pela esquerda e pelo meio, foi a principal arma francesa, mas que esbarrava na boa recomposição italiana ou no goleiro Sportiello. Mas foi a insistente Atalanta que, graças ao seu versátil trio ofensivo (Pašalić, Gómez e Duván), abriu o placar com uma rápida troca de passes e conclusão perfeita do croata.



Atalanta no 3-5-2/3-4-3 (dependendo do posicionamento de Papu Gómez)
confunde a marcação do PSG com seus três atacantes trocando de posição,
além de contar com o apoio dos laterais Hateboer e Gosens. PSG se defende
 em 4-3-3 (com Marquinhos atuando de volante) e utilizando Neymar
e Sarabia como desafogos pelas pontas (imagem obtida via this11.com/).



No segundo tempo, porém, as equipes voltaram com propostas totalmente opostas com o PSG em busca do resultado e a Atalanta recuando para segurar o resultado. Os italianos até esboçaram uma pressão, mas o treinador Gian Piero Gasperini trocou dois atacantes por meio-campistas (Gómez e Pašalić deram lugar a Malinovskyi e Da Riva) e deixou apenas o atacante Muriel isolado na frente. Ademais, os jogadores nerazzuri passaram a cometer muitas faltas nos adversários (principalmente em Neymar) e praticamente todo o time ficou amarelado.

Os franceses, sem nada a perder, foram para cima. Thomas Tuchel trocou seus dois volantes (Gueye e Herrera) por dois meias mais ofensivos (Paredes e Draxler) além de mexer no ataque (Sarabia e o apagado Icardi deram lugar a Mbappé, voltando de lesão, e Choupo-Moting). O PSG ainda foi obrigado a trocar de goleiro (Navas por Sergio Rico) devido a lesão do costa-riquenho. E os laterais foram liberados para atacar.

A retranca italiana funcionava até que, quase nos acréscimos, Marquinhos apareceu de surpresa para arrematar um rebote de Neymar. Minutos depois, a Atalanta pagou pelo seu excesso de cartões e nenhum defensor deu combate a Mbappé ou Choupo-Moting, deixando o camaronês arrematar tranquilamente um cruzamento do francês.



Atalanta tenta segurar o jogo no 5-4-1/3-6-1 com apenas Muriel na frente.
PSG segue no 4-3-3 com meias mais ofensivos, apoio dos laterais (em especial,
Bernat) e a surpresa de Marquinhos aparecendo na área. Com a zaga amarelada,
os defensores nerazurri deram muito espaço ao ataque francês deixando
Mbappé e Choupo-Moting atacarem tranquilamente (obtido via this11.com/). 



PSG avança com méritos e um pouco de sorte por não se entregar diante de um rival tão valente e aproveitando o excesso de cartões da zaga rival. Atalanta se despede fazendo história, mas pagando o preço por segurar o jogo cedo demais e cometer muitas faltas.

A partida, independente do resultado, fica de excelente tamanho para ambas as equipes: o PSG vê o sonho do título inédito mais perto enquanto a Atalanta deixa a competição com o dever cumprido e encantando o espectador com seu futebol bonito e ofensivo.



Imagem extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague/




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