terça-feira, 10 de outubro de 2023

Por que Marcelo Nunca Vingou na Seleção?

Imagem extraída de www.facebook.com/FluminenseFC



Marcelo é considerado um dos melhores laterais-esquerdos de toda a história do futebol. Seu talento com a bola e a quantidade de títulos conquistados (individuais e coletivos) pelos clubes que defendeu atestam toda a sua qualidade. O jogador, porém, jamais conseguiu demonstrar pela Seleção Brasileira todo o potencial exibido pelo Real Madrid ou pelo Fluminense.

O carioca participou de duas Copas do Mundo (2014 e 2018) e recebeu muitas críticas pelo seu fraco desempenho em ambas as competições. Parecia sofrer do mesmo problema de Daniel Alves que também rendia muito mais nos clubes do que com a camisa da Seleção. Cabe mencionar que ambos os jogadores são laterais estritamente ofensivos porém fracos na defesa.

Tostão escreveu certa vez em sua coluna (não me recordo se em 2013 ou 2014) na Folha de São Paulo que o lado esquerdo da Seleção Brasileira era muito vulnerável durante aquele quadriênio porque Marcelo e Neymar não recompunham muito bem, diferente do lado direito onde Hulk voltava com mais frequência para fechar os espaços.



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As palavras de Tostão fariam ainda mais sentido durante a Copa seguinte quando Filipe Luís substituiu Marcelo durante alguns jogos do Mundial 2018. O catarinense, por ser mais defensivo, oferecia uma melhor cobertura a Neymar que voltava pouco para marcar e o desempenho do Brasil melhorou com a mudança. Na fatídica partida contra a Bélgica, porém, o carioca recuperou a titularidade e o lado esquerdo do Brasil foi amplamente explorado por Lukaku que teve espaço para jogar a vontade.

Os treinadores sempre montaram esquemas táticos que privilegiassem o principal craque do time -Neymar, no caso. Mas, ao mesmo tempo, sempre houve o clamor de torcedores, jornalistas e dirigentes para que os melhores jogadores fossem escalados todos juntos por mais que não houvesse um "encaixe" entre eles. Foi o que aconteceu em 2006 quando Parreira montou o "quadrado mágico" com Adriano, Ronaldo, Ronaldinho e Kaká; um time muito bom no papel mas fraco nos gramados. Tite e Felipão, da mesma forma, insistiram com Ney e Marcelo pelo lado esquerdo apesar dos dois jamais demonstrarem muita sintonia em campo.

Marcelo, portanto, jamais brilhou pela Seleção como nos clubes devido aos esquemas que não aproveitam bem suas qualidade e, tampouco, cobriam as suas fraquezas. Alguns ajustes no desenho tático e o carioca provavelmente seria tão decisivo quanto foi no Real Madrid, mas isto provavelmente desagradaria à mídia, aos torcedores e aos cartolas que sempre desejam ver um time "estrelado" em campo.



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