quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Sorte! Muita Sorte!

Ferran Torres fez o único gol do jogo (imagem
extraída de www.facebook.com/ChampionsLeague). 



Eu sempre escrevo que o futebol é aleatório por envolver o fator humano e a partida de hoje comprovou tal tese. O Barcelona deu muita sopa para o azar ao cometer muitas faltas, oferecer espaços às costas dos defensores e ainda jogar durante vários minutos com um jogador a menos. Mesmo assim, os catalães conseguiram resistir à pressão do Porto e voltaram do Estádio do Dragão com os três pontos.

Sérgio Conceição escalou seu time em 4-3-3 variando para 4-4-2 ou 4-1-4-1 conforme a necessidade. Xavi também adotou o 4-3-3 variando para 2-3-2-3 como seu mentor Guardiola fazia e utilizando Oriol Romeu como cabeça de área -o atleta, que é volante de origem, chegou a atuar como lateral em outros clubes.

O Porto adiantou as linhas para dificultar a saída de bola do Barcelona, além de forçar as jogadas pelos lados sabendo que Balde e, principalmente, João Cancelo não são laterais seguros na defesa. Os catalães, encurralados, trocaram passes em busca de espaço e criaram as melhores chances com triangulações pelos flancos.

Os catalães cometeram diversas falhas defensivas e foram obrigados a parar muitos contra-ataques com faltas, o que justificou um grande número de cartões amarelos para os visitantes já na primeira etapa. O técnico Xavi também se excedeu e foi amarelado. Os Dragões, por sua vez, foram bem mais contundentes em suas chegadas mas paravam na zaga blaugrana.

O Barcelona também perdeu Lewandowski, lesionado, já na primeira etapa e Ferran Torres entrou em seu lugar. O que parecia um azar se tornou sorte quando Romário saiu jogando errado, Gündoğan interceptou o passe e acionou o camisa 7 para abrir o placar.



Porto, em 4-3-3, adianta as linhas para dificultar a saída de bola
do Barcelona e força as jogadas sobre os laterais adversários.
Barça, também em 4-3-3 e já sem Lewandowski, responde
triangulando bolas pelos lados e usando os ponteiros para
se infiltrar na defesa portista (imagem obtida via this11.com).



O Porto voltou disposto a buscar ao menos o empate e jogou buscando as costas da defesa catalã, principalmente com Pepê pela direita mas os zagueiros Blaugranas conseguiram anular o brasileiro com desarmes certeiros. Sérgio Conceição trocou Romário por Evanilson, mudando o esquema para 4-4-2 visando aumentar a presença na área.

A sorte, porém, esteve ao lado do Barcelona durante todo o segundo tempo. O VAR salvou os visitantes em um pênalti de João Cancelo para o Porto (foi detectada falta de Eustáquio na origem do lance) e em uma bicicleta de Taremi (o iraniano estava impedido). Não obstante, os catalães tiveram de jogar durante vários minutos com um homem a menos -Lamine Yamal, misteriosamente, foi ao vestiário e não voltou para a partida.

Gavi tratou de dar ainda mais emoção durante os minutos finais ao tomar o segundo amarelo e deixar o Barcelona novamente com um jogador a menos, mas os catalães se seguraram. Sérgio Conceição colocou ainda mais atacantes para aproveitar a vantagem numérica mas a sorte realmente estava ao lado dos visitantes. 



Barcelona tenta segurar a bola no campo de ataque
mas é surpreendido várias vezes com os avanços de
Pepê às costas da zaga (imagem obtida via this11.com).



Barcelona vence em um jogo quando teve mais sorte que juízo. Os visitante cometeram diversas falhas defensivas e tomaram diversos cartões que poderiam ter comprometido a atuação da zaga. Isso sem mencionar o misterioso desaparecimento de Lamine Yamal que deixou o time com um homem a menos durante boa parte do segundo tempo. Ao Porto, talvez tenha faltado tranquilidade para trabalhar melhor as jogadas.

Xavi terá muito a conversar com os seus comandados. O Barcelona voltou de Portugal com os três pontos e assumiu a liderança isolada do Grupo H, mas a equipe abusou demais da sorte. A postura imprudente do time passou impune hoje mas pode custar caro em partidas futuras.



Imagem extraída de twitter.com/ChampionsLeague




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