quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Acesso Negado

Darwin Núñez brilhou com um gol e uma assistência
(imagem extraída de www.facebook.com/aufoficial).



O Brasil sofreu a sua primeira derrota nas Eliminatórias da Copa 2026 diante de um aguerrido e organizado Uruguai. A Celeste tirou os espaços dos Canarinhos e foi mais letal nas oportunidades criadas em um jogo de poucas finalizações de ambos os lados.

Marcelo Bielsa escalou o Uruguai em 4-3-3/4-2-3-1 variando para 4-4-2/4-2-4 com Nicolás de la Cruz espetado entre os atacantes. Fernando Diniz manteve o 4-3-3 com Yan Couto, Carlos Augusto e Gabriel Jesus nos lugares de Danilo, Arana e Richarlison respectivamente.

O Uruguai surpreendeu o Brasil com linhas altas e valorizando a posse da bola quando todos esperavam que os Charrúas mantivessem a sua tradição defensiva. O Brasil ficou sem ação e tentava responder sem muito sucesso utilizando seu lado esquerdo.

Os visitantes conseguiram equilibrar o jogo atacando um pouco mais pela direita -Rodrygo chegou a dar um susto nos mandantes em uma jogada individual- mas a Celeste esfriou a reação brasileira com um contra-ataque de Maxi Araújo pela esquerda que terminou em um cruzamento na medida para Darwin Núñes fuzilar Ederson. Para piorar, o Brasil perdeu Neymar por lesão no final da primeira etapa e Richarlison substituiu o camisa 10.



Uruguai, em 4-4-2/4-2-4, surpreende com linhas altas e impede
os brasileiros de jogar. Brasil, encolhido em 4-3-3, responde
pelos lados sem muito sucesso (imagem obtida via this11.com).



O Uruguai retorna fechando os corredores e adiantando seus laterais, impedindo o Brasil de atacar pelos lados. Os Canarinhos só conseguem criar chances de gol em lances de bola parada próximos à meta de Rochet. Melhor para a Celeste que ampliou o placar com De la Cruz após uma jogada de pura raça de Darwin Núñez -o camisa 9 protegeu a bola marcado por dois brasileiros e serviu o meio-campista.

Bielsa, então, realiza apenas substituições "protocolares" visando oferecer descanso aos mais desgastados ou tirando os amarelados para evitar uma expulsão. Diniz vai para o tudo ou nada trocando Yan Couto e Carlos Augusto por David Neres e Guilherme Arana, mudando o esquema para 3-4-3 (com Casemiro mais recuado) e adiantando as linhas.

Os Charrúas, porém, conseguem controlar o jogo com linhas baixas e mantendo a estratégia de negar os espaços nas laterais. Diniz tenta uma última cartada com Raphael Veiga para tentar mais jogadas pelo meio mas o palmeirense não consegue mudar o cenário da partida. Bielsa responde colocando mais zagueiros e volantes para segurar o resultado.



Uruguai adianta os ponteiros e os laterais para impedir o Brasil
de jogar pelos lados. Diniz, então, muda o esquema para 3-4-3
mas, mesmo assim, não consegue encontrar espaços
na defesa Charrúa (imagem obtida via this11.com).



Uruguai conquista a vitória merecidamente por aproveitar melhor as oportunidades criadas e também ao neutralizar os pontos fortes de seus adversários. Brasil não consegue encontrar alternativas para superar a forte defesa Celeste e mostrou-se pouco resiliente para tentar outras estratégias.

Méritos para o treinador Marcelo Bielsa que vem conseguindo renovar o Uruguai ao trocar os já cansados Suárez e Cavani por atletas mais jovens, além de mudar o estilo de jogo. As apostas do Loco vêm se mostrando acertadas com uma Celeste mais ofensiva e intensa sem perder a raça e a solidez defensiva que consagraram a equipe.

Diniz terá muito a explicar pela queda de rendimento da Seleção nos dois últimos jogos. O Brasil não encontrou ideias para superar as defesas adversárias e ainda desmoronou quando os rivais subiram o tom em campo. E terá de vencer oponentes duríssimos nas próximas rodadas (Colômbia e Argentina) talvez sem Neymar, que sofreu uma "grave lesão" segundo o que alguns repórteres teriam ouvido em campo.



Imagem extraída de www.facebook.com/aufoficial




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