Castigo

Imagem extraída de www.facebook.com/CSCristal

O Botafogo não deu a resposta esperada diante do Grêmio e os proprietários do clube tomaram uma medida radical: o interino Lúcio Flávio voltará a para as categorias de base do Glorioso e Tiago Nunes deve ser anunciado amanhã -o gaúcho já deixou o Sporting Cristal e está livre para assinar. O ex-meia apenas cumpriu "aviso prévio" no jogo contra o Bragantino que terminou em um melancólico 2x2. O resultado custou a liderança do Brasileirão embora o Fogão ainda dependa apenas das próprias forças para reaver a ponta por ter uma partida a menos.

Os dirigentes botafoguenses haviam aceitado as queixas dos jogadores há um mês atrás e demitiram Bruno Lage, que era considerado muito rígido. Lúcio Flávio havia assumido interinamente e teria como auxiliar o ex-zagueiro Joel Carli, que também foi outro pedido dos atletas. Como os resultados minguaram, os proprietários do clube decidiram realizar uma nova mudança no comando.

Tiago Nunes é lembrado pelos títulos conquistados pelo Athletico Paranaense durante o final da década passada, mas também é conhecido por ser um técnico bastante rigoroso e disciplinador. O gaúcho não teve vida longa no Corinthians e no Grêmio justamente devido à sua rigidez. O treinador, então, foi para o Sporting Cristal no Peru onde fazia uma boa campanha -estava em 4º lugar no campeonato local- antes de renunciar para assinar com o Botafogo.

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Nunes, sabendo dos riscos de assumir o fogão, tratou de se proteger com um contrato até o final de 2024. O gaúcho terá pouco tempo para tentar uma reação visto que faltam apenas cinco jogos para o encerramento do campeonato e ainda terá de tomar as rédeas de um elenco que já conseguiu derrubar um técnico.

A contratação de Tiago Nunes foi praticamente uma confissão de que os dirigentes erraram ao tomarem o partido dos jogadores quando houve o desentendimento com Bruno Lage. Mais do que isso, foi um duro "castigo" aos atletas que não corresponderam em campo após terem suas reivindicações atendidas e agora serão comandados um novo treinador rígido.

Diversos comunicadores, incluindo o blogueiro que vos escreve, haviam concordado com a demissão de Bruno Lage em outubro visto que o treinador havia perdido o vestiário. O tempo, porém, provou que a parcela de culpa dos jogadores pela queda de rendimento era muito maior do que se imaginava e agora os atletas pagarão o preço da pior forma: terão de lidar novamente com um técnico linha-dura. E, desta vez, o comandante terá mais respaldo dos dirigentes e do torcedor.

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