quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Esperança Africana

A Argélia não participou das duas últimas Copas do Mundo a despeito da ótima
geração de jogadores (imagem extraída de www.facebook.com/TheAFCON).



O aumento do número de times classificados para a Copa do Mundo (de 32 para 48) foi alvo de muitas críticas visto que isto tornaria mais fácil o ingresso de seleções menos qualificadas o que poderia diminuir o nível técnico do torneio e gerar muitos jogos "desinteressantes", levando à consequente desvalorização do campeonato.

A crítica, no entanto, não se aplica a um continente, a África. Todas as 54 seleções filiadas à confederação local, CAF, tinham de lutar por míseras cinco vagas o que causou a eliminação de ótimas gerações de jogadores. A Argélia de Mahrez, Mandi, Slimani e Feghouli, por exemplo, não conseguiu se classificar para os Mundiais de 2018 e 2022. O bom Egito de Mo Salah também acabou fora da última Copa.

O aumento do número de vagas destinadas à CAF de cinco para dez (uma via repescagem) permitirá que tal injustiça seja corrigida e que mais africanos tenham mais chances de desfilar seu talento em Copas do Mundo. O último mundial, aliás, demonstrou que as equipes do continente estão se cansando de serem meras coadjuvantes e desejam lutar por objetivos maiores.



O Mali sempre revelou ótimos jogadores mas jamais disputou um Mundial.
Será que desta vez vai(imagem extraída de www.facebook.com/TheAFCON)?



A mudança permitirá que seleções como o Mali e a República Democrática do Congo, enfim, possam desfilar seus talentos em uma Copa do Mundo. Não é de hoje que ambos os times têm revelado grandes gerações de atletas mas sempre acabaram esbarrando na temida terceira fase das eliminatórias africanas onde acabam eliminadas por rivais de mais tradição.

O aumento do número de vagas também será benéfico sob o ponto de vista financeiro, afinal astros africanos como Salah, Osimhen e Mahrez fizeram muita falta durante o último Mundial e estes jogadores poderiam aumentar ainda mais o apelo comercial da competição, sobretudo na própria África.

Uma Copa do Mundo com mais vagas certamente causará a queda do nível técnico mas, ao mesmo tempo, corrigirá uma das maiores injustiças do futebol que é o pequeno número de vagas destinadas aos times africanos. E é bom os rivais se prepararem, pois a ótima campanha do Marrocos no último Mundial é indicativo de que as equipes do continente prometem dar trabalho.



A Nigéria de Osimhen por pouco não embarcou para o Catar. Será que ele terá mais
sorte na América do Norte (imagem extraída de www.facebook.com/TheAFCON)?



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