terça-feira, 21 de novembro de 2023

Futuro Sombrio

Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians



A chapa situacionista do Corinthians havia depositado na Copa do Brasil e na Sulamericana a esperança de um título para vencer as eleições gerais que serão realizadas durante o próximo final de semana. Como os troféus não vieram, os mandatários tentam uma última cartada para salvar o pleito: anunciaram um princípio de acordo com a Caixa Econômica Federal para quitar as dívidas referentes ao estádio do clube.

O grupo político situacionista comanda o Timão desde 2007 quando Alberto Dualib renunciou e a chapa encabeçada por Andrés Sanchez venceu as eleições gerais subsequentes. Os cartolas não conseguiram evitar o trágico rebaixamento naquele ano mas reestruturaram o clube e também acabaram com os maiores espinhos do Corinthians: o Coringão venceu sua Libertadores em 2012 (que era motivo de escárnio para os rivais), conquistou o Mundial cumprindo todos os ritos necessários (nada de "convite" como ocorreu em 2000) e houve a construção do estádio em 2014. Isso sem mencionar que o time faturou muitos outros títulos e se manteve competitivo ao longo da década de 2010.

O desgaste da chapa, contudo, ficou bastante evidente durante os últimos três anos visto que o Corinthians não conquista um troféu desde 2019, o time apresenta apenas espasmos de competitividade, a dívida atingiu valores recordes (estima-se algo em torno de R$ 1 bilhão) e o clube tomou uma série de decisões bastante controversas -a maioria apenas medidas a curto prazo para acalmar conselheiros e torcedores.



Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians



Nenhuma pessoa, contudo, renunciaria ao poder sem que houvesse uma forte motivação para tal. A chapa que controla o Timão desde 2007 (na verdade, há ainda mais tempo ainda visto que muitos de seus integrantes eram aliados do finado Dualib) fará o possível para se manter na presidência apesar da crise e do desgaste da gestão.

Talvez mesmo que haja alternância na gestão, o Corinthians não tenha perspectivas de melhoras: segundo o jornalista Paulo Cobos, o candidato oposicionista, Augusto Melo, também demonstrou poucas possibilidades de mudanças no modelo administrativo no clube e ainda foi alvo de um protesto, acusado de misoginia.

As perspectivas para o Corinthians, portanto, são de um futuro sombrio independente do resultado das eleições. Sem mudanças reais no modelo administrativo, o clube seguirá à mercê de seus dirigentes e de seus respectivos interesses políticos.



Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians




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