terça-feira, 28 de novembro de 2023

Mudanças?

Imagem extraída de twitter.com/Corinthians



O empresário Augusto Melo (foto acima) foi eleito presidente do Corinthians no último sábado e irá dirigir o clube durante o próximo triênio -de 2024 até 2026. O resultado foi considerado um fato histórico por jornalistas visto que o oposicionista conseguiu vencer a chapa "Renovação e Transparência" que comanda o Timão desde 2007.

Pesaram contra a situação a dívida recorde do Corinthians (estimada em R$ 1 bilhão), a falta de títulos durante o último triênio, a rejeição ao candidato André "Negão" Luiz de Oliveira (que chegou a ser investigado pela justiça) e alguns escândalos ocorridos durante a gestão como o calote da empresa Tanusa durante a contratação do volante Paulinho. O vexame diante do Bahia em plena Neo Química Arena foi o golpe final na atual diretoria.

A eleição, cabe mencionar, foi bastante turbulenta e marcada por diversas polêmicas: trocas de acusações, tiros contra o Parque São Jorge durante a madrugada, um princípio de acordo amarrado pela situação (e sem nenhuma transparência) para quitar as dívidas referentes ao estádio e supostos áudios misóginos atribuídos ao candidato oposicionista.



Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians



Os desafios de Melo não serão poucos: o mandatário terá de lidar com a dívida recorde do clube, reformular o time masculino (que está envelhecido e apresenta um desempenho sofrível) e decidir o que fazer com o treinador Mano Menezes cujo contrato está amarrado até o final de 2025. Haverá ainda enorme pressão por parte de torcedores e conselheiros que exigirão o fim do jejum de troféus.

O novo presidente já declarou que irá realizar uma auditoria para investigar o que levou a instituição a contrair uma dívida tão grande. As finanças, aliás, deveriam ser a prioridade da gestão visto que com as contas em ordem o Corinthians poderia voltar a ser competitivo e nunca mais passar por vexames como salários atrasados, o calote das marmitas e tantos outros.

Sabemos, porém, que o desempenho em campo sempre pesa mais que o financeiro. Dificilmente a nova gestão escapará da tentação de buscar por medalhões -Gabigol e Di María já foram ventilados como possíveis reforços para 2024. Como escreveu Paulo Cobos, cartolas entram na história dos clubes pelos títulos conquistados, mas seria desejável que fossem lembrados por sanearem as finanças.



Imagem extraída de www.facebook.com/corinthians




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